DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O malufismo atingiu sua pior votação na cidade de São Paulo, consideradas as eleições desde 1988. Paulo Maluf (PPB) teve 17,35% dos votos válidos na capital, contra 38,01% de Marta Suplicy (PT), primeira colocada e nova recordista de votos petistas no município.
É a primeira vez desde 88 que se invertem as curvas de votos paulistanos do PT e Maluf. Há cerca de uma década o malufismo derrotava o petismo na cidade.
A melhor marca obtida por Maluf num primeiro turno em São Paulo foi em 92, quando teve 48,85% dos votos válidos e elegeu-se prefeito no segundo turno, contra Eduardo Suplicy (PT).
Em 96, Maluf não disputou a prefeitura porque ainda não era permitida a reeleição. Indicou Celso Pitta, que obteve 48,24% dos votos válidos no primeiro turno -quase a mesma marca de seu padrinho quatro anos antes.
A maior manifestação do voto malufista acabou acontecendo a favor de Celso Pitta, em 96, quando ele recebeu 62,28% dos votos válidos no segundo turno -e venceu a eleição para prefeito contra Luiza Erundina, que estava filiada ao PT e teve 37,72%.
Em 98, na eleição para o governo do Estado, surgiu o primeiro sinal de desgaste do eleitorado de Maluf: ele teve apenas 33,06% dos votos válidos na capital. Essa marca só não foi pior do que a de 88, quando teve 30,14% e perdeu a eleição para Luiza Erundina, na disputa pela prefeitura.
Já o PT sempre oscilou em percentuais acima de 22% na cidade de São Paulo. A pior marca de todas foi de Marta Suplicy, concorrendo ao Estado de São Paulo, em 98, com 22,19%. Em 96, Erundina acabou o primeiro turno com 24,51%. A melhor marca petista era a de Erundina em 88, quando elegeu-se prefeita: 36,78%.
Agora, o recorde petista foi para Marta Suplicy, com 38,01% dos votos válidos. Até hoje, entretanto, o PT não conseguiu romper a barreira dos 40% dos votos válidos em primeiros turnos em São Paulo. (FERNANDO RODRIGUES)


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