WAGNER OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) declarou apoio ontem ao candidato do PT à Prefeitura de Curitiba, Ângelo Vanhoni. Mas disse que ele terá que abandonar o discurso light, se quiser derrotar o prefeito Cássio Taniguchi (PFL) na disputa do segundo turno.
"Temos agora a hora da verdade. O PT tem que ressurgir com a sua verdadeira natureza, postura ética e coragem para ganhar esta eleição", disse por telefone.
Vanhoni foi ontem ao diretório do PMDB receber o apoio do partido para o segundo turno.
Ao agradecer a adesão, disse que utilizou um discurso apropriado ao eleitor de Curitiba. Para ele, a cidade tem ""gerações" acostumadas com a forma de administração do grupo do governador Jaime Lerner (PFL). Ele também excluiu bandeiras que poderiam ser consideradas ""radicais" de sua propaganda.
"Se (os adversários) fizerem ataques contra a nossa candidatura, nós saberemos responder com elegância, com tranquilidade, com serenidade, mas vamos sempre afirmar nossas propostas para a cidade de Curitiba", afirmou.
Outro membro do clã Requião, o irmão Eduardo, dá apoio hoje a Vanhoni. Ele foi derrotado no primeiro turno concorrendo pelo PDT. O petista também já tem o apoio do PSDB, PRTB e PSTU.

PFL
Taniguchi reuniu-se com Lerner e o comando de sua campanha na manhã de ontem. Foi decidido que a campanha terá que tentar demonstrar que o programa de governo de Vanhoni é uma "cópia malfeita" de projetos de Taniguchi. O programa de TV deverá dizer também que o petista tenta esconder na campanha sua ideologia política.
A reunião discutiu a possibilidade de reforçar o comando da campanha. Cogitam-se o nome do deputado federal e ex-ministro Rafael Greca e do ex-secretário de Transportes Heins Herwig para ajudar o deputado estadual Marcos Isfer (PFL) na organização política da campanha.


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