DA REPORTAGEM LOCAL

O paulistano colocou uma mulher no segundo turno para a prefeitura, mas não privilegiou as vereadoras. Hoje há sete mulheres na Câmara Municipal, duas a mais que as cinco vereadoras eleitas para o próximo mandato.
"É uma pena. Acho que sofremos o desgaste de ter tido duas mulheres envolvidas com denúncias de corrupção na última legislatura. Esse fator, aliado ao preconceito, contribuiu para a diminuição no número de mulheres, quando esperávamos um aumento", afirma a vereadora reeleita pelo PC do B, Anna Martins.
Anna, que também é diretora da União Brasileira de Mulheres, acredita que existe também um desinteresse pela política. "Em todo o Brasil, muitas mulheres entram na política por pressão dos maridos ou dos parentes. Muitas delas se arrependem depois e desistem", afirma.
Ana Maria Quadros, vereadora do PSDB que não obteve a reeleição, também lamenta a queda da participação feminina na Câmara. Ela diz que havia uma expectativa de que a reserva de 30% das vagas de candidatos para mulheres fosse, ao longo do tempo, aumentar essa participação na política. A autora do projeto que estabeleceu as cotas é da candidata à prefeitura, Marta Suplicy (PT).
Ana Maria preferiu não dar uma explicação sobre os motivos dessa queda. "Só tenho a lamentar porque a mulher tem maior comprometimento com a área social", afirma a vereadora.



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