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RIO GRANDE DO SUL
No debate de anteontem, peemedebista e Britto, o terceiro colocado, deixaram transparecer parceria anti-PT
Tarso e Rigotto devem disputar 2º turno
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
XICO SÁ
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
As eleições gaúchas estão contrariando as expectativas iniciais
e, pelo que indica pesquisa divulgada ontem, fica mais afastada a
hipótese de enfrentamento no segundo turno entre Tarso Genro
(PT) e Antônio Britto (PPS). Germano Rigotto (PMDB) aparece
como provável adversário de Tarso no segundo turno, contrariando a polarização inicial.
De acordo com a pesquisa do
jornal "Correio do Povo", Tarso
oscilou positivamente de 33,8%
para 34,9%; Rigotto subiu de
24,8% para 31,5%; e Britto caiu de
22,1% para 19,2%.
Como a margem de erro é de 2,2
pontos para mais ou menos, configura-se já empate técnico entre
Tarso e Rigotto. Faltando três dias
para as eleições, dificilmente o
quadro seria modificado, apesar
de o debate da "RBS-TV" ter
ocorrido depois da apuração
-nenhum candidato ficou em
evidência ou revelou novidade.
No começo da campanha, Britto atingia, segundo as pesquisas,
índices próximos dos 40%. Tarso
ficava um pouco atrás. Rigotto
não tinha dois dígitos e era considerado "carta fora do baralho".
Enquanto Rigotto se propunha
a marcar a diferença em relação
aos líderes optando por um discurso sem ataques, os dois mantinham uma guerra à parte. Nesse
contexto, Rigotto começou um
crescimento meteórico, que pode
levá-lo a surpreender todos os
analistas que previam a polarização entre Tarso e Britto.
As estratégias de Tarso e Rigotto
para um possível segundo turno
já se desenham. No último horário gratuito de rádio e TV, Tarso,
de forma discreta e sem comparações explícitas com a atuação da
atual administração petista, sublinhou que "vai governar dialogando com todos os gaúchos".
Durante o processo eleitoral, ele
tem se colocado como o candidato que dará continuidade ao governo de Olívio, a quem derrotou
nas prévias petistas. Há, porém,
reparos que ele faz à administração e que poderão pesar. A preocupação é mostrar sutilmente que
há diferenças entre o seu jeito de
administrar e o de Olívio, mas que
seriam complementares.
A estratégia de Rigotto ficou nítida no debate de anteontem: ele e
Britto já deixavam de lado a disputa pelo segundo lugar e atacavam o Tarso em uma parceria explícita. Isso deu a entender que os
três vêem Rigotto como o provável candidato que reunirá as forças anti-PT no Estado.
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