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DISTRITO FEDERAL
Acusação aponta grilagem
Procuradores pedem a cassação de Roriz
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério Público Federal
pediu ontem à Justiça a cassação
do mandato do governador do
Distrito Federal, Joaquim Roriz
(PMDB), e de sua candidatura à
reeleição. Roriz lidera as pesquisas de intenção de votos.
Os procuradores eleitorais Antônio Carneiro Sobrinho e Franklin Rodrigues da Costa acusam o
governador de "abuso e desvio do
poder de autoridade". Segundo
eles, Roriz teria prometido doar
lotes a eleitores durante comício
na cidade-satélite de Ceilândia.
Também foram denunciados
dois ex-secretários e a candidata a
vice de Roriz, Maria de Lourdes
Abadia (PSDB). A decisão sobre a
cassação cabe ao TRE (Tribunal
Regional Eleitoral) do DF.
Denúncia
Ontem, o TRE também recebeu
um requerimento da coligação
Frente Brasília Esperança (PT-PCB-PC do B-PMN), adversária
de Roriz, solicitando que os presidentes das seções eleitorais do DF
peçam a apresentação de um documento de identidade, com foto,
para os eleitores que vão votar no
primeiro turno -que acontece
neste domingo.
A coligação diz ter recebido denúncia de que a organização não-governamental Força Azul, que
apóia Roriz, teria retido 20 mil títulos eleitorais de pessoas que se
cadastraram na ONG.
De acordo com a denúncia recebida pela Frente Brasília Esperança, o objetivo da retenção dos títulos seria o de substituir os eleitores titulares por cabos eleitorais
remunerados. Como a legislação
eleitoral permite que o eleitor vote
apenas com a apresentação do título eleitoral, sem que seja necessária a apresentação de um documento com foto, a coligação teme
que haja fraude na eleição.
A Frente Brasília Esperança diz
ter recebido a denúncia por meio
da coordenação de fiscalização e
informática de um juiz eleitoral
que pediu para não ser identificado. O PT também pretende encaminhar o caso ao TSE (Tribunal
Superior Eleitoral).
Nas últimas semanas, adversários de Roriz usaram as acusações
de grilagem de terra e regularização de condomínios irregulares
para tentar atingir o governador
durante o horário eleitoral gratuito, que terminou ontem.
Roriz é citado em duas ações cíveis na Justiça Federal, que investigam o parcelamento ilegal de
terras. Ele também é alvo de uma
notícia-crime no STJ (Superior
Tribunal de Justiça).
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