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Receita suspeita
de esquema que
já fraudou INSS
DA SUCURSAL DO RIO
A Corregedoria da Receita
constatou que quatro empresas
que conseguiram limpar seus débitos no Rio, neste ano, tiveram o
mesmo pedido indeferido no Rio
Grande do Sul, em 2002. Segundo
o corregedor Moacir Leão, as empresas teriam usado o chamado
"esquema Arrieta", supostamente comandado pelo argentino Cesar Arrieta, preso em 1995 sob a
acusação de fraudar o INSS.
No Rio, segundo Leão, o prejuízo que as quatro empresas deram
ao fisco soma R$ 15 milhões: "O
esquema Arrieta, sendo mal-sucedido em Porto Alegre, buscou
no Rio de Janeiro uma forma de
dar eficácia aos seus trabalhos".
Arrieta foi acusado de liderar
uma quadrilha que teria fraudado
cerca de US$ 3 bilhões do INSS,
nos anos 90. O processo prescreveu neste ano, sem condenação.
Desde outubro de 2002, o Ministério Público, a Receita e a Polícia Federal investigam um suposto esquema montado no Rio
Grande do Sul por Arrieta e sua
mulher, a advogada Sonia Regina
Soder. "Descobrimos que os escritórios da esposa do cidadão argentino tinham um projeto de
compensar indevidamente com
golpes contra a Receita Federal
cerca de R$ 6 bilhões", disse Leão.
O advogado de Sonia Regina
Soder, Dionísio Lopes, disse que
estão tentando fazer a relação de
sua cliente com a suposta fraude
no Rio por "motivos inescrupulosos e não-conhecidos", mas que
ela desconhece todos os acusados.
Lopes disse que estuda medidas
para responsabilizar na Justiça
"pessoas da Receita que não têm
nenhuma legitimidade para trazer para o jornal a situação fiscal
de qualquer contribuinte". A Folha procurou o advogado de Arrieta, Sergio do Rego Macedo,
mas ele não foi encontrado.
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