São Paulo, segunda-feira, 04 de novembro de 2002 |
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PAINEL Sonho carioca Anthony Garotinho (PSB) trabalha nos bastidores para tentar emplacar dois antigos secretários no governo Lula (PT): Wagner Victer na Petrobras e Tito Ryff no BNDES. A empresa e o banco são sediados no Rio. Versão oficial Ao mesmo tempo em que articula a nomeação de pupilos para o governo, Garotinho dá entrevistas defendendo que o PSB não vá integrar a administração petista. Mas sempre deixa uma porta aberta, encerrando a conversa com a lembrança de que "a decisão final cabe ao partido". Linguagem de sinais A cotação no PT do físico Luiz Pinguelli Rosa para ser ministro de Minas e Energia ficou mais forte depois que ele não foi escolhido para o governo de transição. Lula havia avisado que seus futuros ministros não integrariam necessariamente a equipe. Além da fronteira As cúpulas de PMDB e PTB fizeram reclamações a José Dirceu sobre o assédio do PL a parlamentares que integram suas bases. Os peemedebistas reclamam principalmente da tentativa dos liberais de filiar um senador e cinco deputados de Goiás. Reserva de mercado A cúpula do PT pediu ao PL que priorize a conquista de deputados do PSDB, do PFL e do PPB, partidos que não irão compor a base do governo Lula. Problema físico As seções estaduais do PT já preparam listas com indicações para cargos de segundo e terceiro escalões do governo Lula. O problema será convencer os partidos que hoje possuem os cargos -e que estão sendo convidados a integrar a nova base governista- a deixar os postos. Governo paralelo Lula pretende utilizar ONGs, igreja, pastorais e sindicatos na distribuição dos recursos do projeto de combate à fome e de outros programas sociais. É uma tentativa de evitar o uso político da verba e reduzir a possibilidade de fraudes e desvios. Sem poder de fogo Partidos aliados de Lula não gostaram de saber que o PT pode retirar dos ministérios recursos de programas sociais. Não querem pastas que não possam ser usadas politicamente. Vitamina partidária José Sarney avisou ao PMDB que poderá levar para o partido pelo menos três senadores do PFL, entre eles os maranhenses Roseana Sarney e Edison Lobão. É parte da estratégia para tentar vencer a eleição pela presidência do Senado, em fevereiro. Chumbo trocado Tucanos disseram ao PT que não serão contrários à eleição de um petista para a presidência da Câmara, desde que o comando do Senado fique com Renan Calheiros (PMDB-AL). Mas, se o indicado do PT for José Sarney (PMDB-AP), poderão lançar um candidato na Câmara. Questão estratégica A não ser que seja fundamental para construir a maioria no Congresso, o PT não vai abrir mão da presidência da Câmara. O nome mais forte é José Dirceu, que só não será indicado se preferir ir para o governo de Lula. Sem Dirceu, a chance maior é de João Paulo Cunha (SP). Perdas e ganhos Discute-se no PT o aumento da tributação sobre cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos importados para, com isso, poder reduzir os impostos dos produtos da cesta básica. A proposta, porém, tem um risco: com mais impostos, o contrabando de cigarros e bebidas pode crescer. A luta continua Clésio Andrade (PFL), presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte) e vice-governador eleito de Minas Gerais, tentou ser ministro dos Transportes nos oito anos de governo FHC. Agora volta a cobiçar o cargo no governo Lula. TIROTEIO Do deputado federal Ronaldo Caiado (PFL-GO), sobre o PL, partido que deve crescer com a filiação de deputados que pretendem entrar para a base de Lula na Câmara: - O Partido Liberal será uma espécie de purgatório para quem quiser entrar no reino governista de Lula. CONTRAPONTO Noite de canecadas
O apresentador de TV Jô Soares participou da festa de encerramento de uma feira de telecomunicações no Pavilhão de Exposições de Florianópolis (SC),
na noite da última quinta-feira.
O comediante comandou no
palco uma espécie de "talk
show". Logo que viu o senador
Jorge Bornhausen (PFL) na platéia, Jô alfinetou: |
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