|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tucano preterido para Presidência
indicará candidato ao Governo de SP
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DO PAINEL
A disputa pela vaga de candidato tucano à sucessão de Geraldo
Alckmin está atrelada ao plano
nacional, no qual o governador e
o prefeito de São Paulo, José Serra,
são os favoritos no partido para a
concorrer ao Planalto em 2006.
Nos bastidores, a avaliação é
que a vaga na corrida paulista servirá como uma espécie de prêmio
de consolação para quem sair
derrotado no âmbito federal. Se
Alckmin, por exemplo, ficar fora
da disputa, deverá indicar o tucano que concorrerá na sua sucessão. O mesmo ocorrerá no caso de
Serra ser o preterido.
Pelo lado do governador, os nomes sempre lembrados são os de
seus secretários Emanuel Fernandes (Habitação) e Gabriel Chalita
(Educação), mas o líder do PSDB
na Câmara paulistana, José Aníbal, vem conquistando a confiança de Alckmin e seu grupo.
Aníbal, ex-presidente nacional
do PSDB e candidato ao Senado
em 2002, possui bom trânsito nos
diretórios tucanos no Estado e é o
nome mais bem colocado do partido nas pesquisas de intenção de
voto, porém sempre atrás dos petistas. Em caso de prévias, ele seria
um nome forte.
Nas trincheiras "serristas", um
novo nome foi lançado recentemente, o do líder do partido na
Câmara dos Deputados, Alberto
Goldman. No entanto, a Folha
apurou que ele entrou na disputa
apenas para neutralizar momentaneamente as investidas de Aníbal sobre a base do partido, já que
o vereador não conta com o apoio
de Serra. Outro nome ligado ao
prefeito é Aloysio Nunes da Ferreira, seu secretário de Governo.
Correndo por fora, está o ex-ministro da Educação Paulo Renato
Souza, que, a exemplo de Aníbal,
está em campanha aberta. Mas,
apesar de contar com o respeito
de Serra, Alckmin e Fernando
Henrique Cardoso, ele tem pouco
trânsito na base do partido.
Paulo Renato, que é gaúcho, enviou 4.185 cartas para delegados
do partido. Nelas, apresenta o
currículo e a disposição de concorrer ao governo.
Na semana passada, almoçou
com deputados estaduais. Na
próxima, se reunirá com a bancada federal. Também pretende visitar todos os diretório do PSDB
no Estado. "Entrei em campo,
não saio mais. Quero ser escolhido, por consenso ou na disputa
por votos."
Com tantos nomes na disputa
mas sem um candidato natural,
os tucanos ainda sonham com a
candidatura de FHC, mas admitem que, diante do clima de guerra entre PT e PSDB, ela está cada
dia mais distante, já que teria seu
governo revirado pelos adversários em meio à disputa.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/Rumo a 2006: Verticalização opõe PT a Lula e a aliados Índice
|