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NOVO ANO, VELHO PROBLEMA
Falta de recursos e dificuldades gerenciais atrapalharam ações em área social em 2003
Exclusão continua como desafio em 2004
DA AGÊNCIA FOLHA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva entra em 2004 ainda com
o desafio que, durante a campanha eleitoral, prometeu enfrentar:
o da exclusão social.
No ano passado, além dos sem-terra, que sempre ocuparam o noticiário, estiveram nas manchetes
brasileiros sem teto, sem transporte urbano, sem UTI, sem luz,
sem comida, sem emprego e até
sem registro de nascimento (leia
um resumo de casos em quadro
nesta página).
Foi um ano em que não faltaram protestos dos chamados "excluídos", como o dos sem-teto,
que invadiram prédios e terrenos
em São Paulo e Recife.
Os problemas na saúde pública
também fizeram suas vítimas, como na tragédia em Ponta Grossa,
no Estado do Paraná, onde 39
pessoas morreram à espera de leitos hospitalares.
Em Salvador (BA), em outubro,
estudantes fizeram uma série de
protestos por causa dos preços
das passagens. Em alguns dias
chegaram a parar o trânsito do
centro da cidade. Outras manifestações pelo mesmo motivo ocorreram em João Pessoa (PB) e em
São José dos Campos (SP).
Com a pressão de movimentos
populares, Lula pediu paciência,
lançou e reformulou programas
sociais, refez promessas.
Diante de mazelas antigas e
complexas do país -com poucos
recursos e dificuldades gerenciais- ao fim do primeiro ano da
gestão Lula, os resultados não
atingiram as metas fixadas pelo
próprio governo.
Em maio, por exemplo, o presidente prometeu assentar 60 mil
famílias. Segundo números oficiais do Incra (Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária), no entanto, o novo governo
só conseguiu assentar 34,5 mil.
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