FERNANDA ODILLA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O relator-geral do Orçamento da União para 2010, deputado Geraldo Magela (PT-DF), anunciou ontem corte de R$ 1,8 bilhão destinado a investimentos para a Copa de 2014, valor R$ 600 milhões maior que o previsto inicialmente.
O deputado refez os cálculos, após anunciar cortes de R$ 1,2 bilhão reservado para atender aos pleitos de 12 Estados em diferentes áreas como segurança, transporte, turismo e infraestrutura urbana para a Copa.
Os novos cortes atingiram os ministérios de Esporte, Turismo e Justiça. Ficaram sem verbas, por exemplo, o programa de proteção de fronteiras e o Centro de Operações Táticas da Polícia Federal, segundo o relator-geral.
Somente o Rio de Janeiro foi poupado do remanejamento, tendo assegurado o dinheiro das bolsas de formação de policiais. São Paulo perdeu R$ 100 milhões para o reaparelhamento da polícia e obras de infraestrutura em esporte e lazer.
Além de verbas para a Copa, também foram cancelados R$ 400 milhões previstos para cultura e R$ 160 milhões para irrigação. Os recursos que totalizam R$ 2,4 bilhões serão realocados em outras ações sugeridas pelas bancadas estaduais na Câmara e no Senado.
"Infelizmente, a perda é maior do que nós tínhamos anunciado anteriormente. Uma imposição do Democratas", reclamou o relator.
Na semana passada, o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), ameaçou pedir a destituição de Magela da relatoria-geral para que fosse cumprido o acordo feito em plenário no dia da aprovação do Orçamento. O DEM e o PSDB só aceitaram votar a lei depois que o governo se comprometeu a transferir os recursos das emendas apresentadas pelo relator para as propostas dos congressistas.
O governo federal, contudo, não está preocupado com os cortes. Além de poder, com aval do Congresso, remanejar verbas neste ano, o governo prepara um pacote de obras específico para o Mundial de futebol.


Texto Anterior: Lula abre ano eleitoral com reforço de caixa
Próximo Texto: Frase
Índice