São Paulo, quarta-feira, 05 de fevereiro de 2003 |
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OPERAÇÃO SOCIAL Wellington Dias pede que população se comprometa a ter renda própria para usufruir do projeto temporariamente Petista convoca juramento contra pobreza
LUCIANA CONSTANTINO ENVIADA ESPECIAL A ACAUÃ Repetindo um gesto que já tinha feito em Guaribas anteontem, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), encerrou seu discurso ontem em Acauã pedindo que a população fizesse um juramento para sair da pobreza. Depois de falar por 12 minutos e usando um tom de palanque eleitoral, Dias solicitou às pessoas -cerca de mil, segundo a Polícia Militar- que erguessem as mãos e prometessem que tentarão deixar a pobreza. "Vamos erguer as mãos agora e fazer um compromisso para sair da pobreza", afirmou o petista, durante o lançamento do projeto-piloto do Cartão-Alimentação -uma das ações do Fome Zero. Dias disse que a proposta é investir em atividades que gerem renda o ano todo para que "a gente possa dizer daqui a poucos dias: "Eu não preciso mais desse Cartão-Alimentação porque agora tenho uma renda fruto do meu trabalho'", declarou. Também em tom de campanha, o ministro das Cidades, Olívio Dutra, aproveitou o discurso para cobrar a participação da população na fiscalização dos gastos com o Fome Zero. "O povo brasileiro não quer mais ser objeto da política de meia dúzia de poderosos. O povo brasileiro quer ser protagonista das mudanças." Comitê A criação do comitê gestor municipal do Fome Zero em Acauã trouxe para discussão um dos problemas que devem ser enfrentados em outros municípios: disputas internas. Houve desentendimentos entre integrantes do grupo e o departamento jurídico da prefeitura sobre o mandato da atual equipe. Os cinco integrantes do comitê gestor (além de cinco suplentes) que tomaram posse ontem em Acauã, durante solenidade com a presença de quatro ministros e do governador do Piauí, ficarão no cargo, sem nenhuma remuneração, por seis meses. Em julho, será feita uma eleição para nomear os representantes definitivos -aumentando o número de integrantes do grupo para sete. O mandato do comitê a ser eleito ainda não foi definido. A decisão do prazo em que os integrantes provisórios farão parte do comitê foi do jurídico da administração municipal. Representantes da comunidade defendiam que fosse de um ano. Contradição O assessor jurídico da Prefeitura de Acauã, Elpídio José Cavalcanti, disse que havia contradição no texto da portaria que criou o comitê e, por isso, o mandato foi definido em seis meses. "O grupo se reuniu, fez uma ata, mas não apresentou os documentos para o representante do poder público. Para a eleição, faremos tudo com a documentação correta", afirmou Cavalcanti. Já Cândido Roberto de Araújo, um dos integrantes do comitê, defendeu o mandato de um ano. O comitê gestor, de acordo com portaria assinada ontem, será responsável por cadastrar as famílias, elaborar uma lista das que serão beneficiadas e fiscalizar a comprovação do uso dos recursos. Texto Anterior: Outro lado: Jungmann vê "denuncismo" do MST na decisão Próximo Texto: Frase Índice |
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