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São Paulo, quarta-feira, 05 de fevereiro de 2003

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OUTRO LADO

Jungmann vê "denuncismo" do MST na decisão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-ministro do Desenvolvimento Agrário e deputado federal Raul Jungmann (PMDB-PE) afirmou que já esperava a extinção do Banco da Terra. Ele afirmou ainda que as supostas irregularidades apontadas não passam de "um denuncismo muito grande do MST".
"Era já contava que eles iam mudar o nome fantasia, mas não podem suspender o Fundo de Terras porque ele foi criado por uma lei complementar aprovada no Congresso", disse.
De acordo com o ex-ministro, o MST é contrário ao Banco da Terra e chegou a fazer uma campanha mundial contra o programa. "Para o MST, a reforma agrária de mercado é um anátema [maldição]."
Jungmann admitiu que podem ter havido pequenos problemas de gestão no Banco da Terra, mas que eles teriam ocorrido nos Estados que têm autonomia para a aprovação dos projetos.
"A lógica do programa é descentralizada. Os projetos são escolhidos nos Estados. Aqui em Brasília, no centro do programa, não houve problema."
Ele disse que os preços das terras variam muito mesmo quando as áreas são próximas. "Aqui pode dez e ali ao lado pode valer cem porque tem um curso de água, uma coisa ou outra. Para o preço ir para cima ou para baixo é fácil e o controle disso é difícil", afirmou.
Mesmo assim, Jungmann afirmou que o número de possíveis irregularidades apontadas é muito pequeno diante do montante de famílias beneficiadas desde 1999.
"Eles apontam 13 irregularidades. É muito pouco, já que mais de 42 mil famílias receberam o financiamento."


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