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OUTRO LADO
Jungmann vê "denuncismo" do MST na decisão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-ministro do Desenvolvimento Agrário e deputado federal Raul Jungmann (PMDB-PE) afirmou que já esperava a
extinção do Banco da Terra. Ele
afirmou ainda que as supostas
irregularidades apontadas não
passam de "um denuncismo
muito grande do MST".
"Era já contava que eles iam
mudar o nome fantasia, mas
não podem suspender o Fundo
de Terras porque ele foi criado
por uma lei complementar
aprovada no Congresso", disse.
De acordo com o ex-ministro, o MST é contrário ao Banco da Terra e chegou a fazer uma campanha mundial contra o programa. "Para o MST, a
reforma agrária de mercado é
um anátema [maldição]."
Jungmann admitiu que podem ter havido pequenos problemas de gestão no Banco da
Terra, mas que eles teriam
ocorrido nos Estados que têm
autonomia para a aprovação
dos projetos.
"A lógica do programa é descentralizada. Os projetos são
escolhidos nos Estados. Aqui
em Brasília, no centro do programa, não houve problema."
Ele disse que os preços das
terras variam muito mesmo
quando as áreas são próximas.
"Aqui pode dez e ali ao lado pode valer cem porque tem um
curso de água, uma coisa ou
outra. Para o preço ir para cima
ou para baixo é fácil e o controle disso é difícil", afirmou.
Mesmo assim, Jungmann
afirmou que o número de possíveis irregularidades apontadas é muito pequeno diante do montante de famílias beneficiadas desde 1999.
"Eles apontam 13 irregularidades. É muito pouco, já que
mais de 42 mil famílias receberam o financiamento."
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