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Alimentos doados
ainda são problema
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
As cooperativas associadas à
OCB (Organização de Cooperativas Brasileiras) doaram as primeiras 4.000 toneladas de alimentos
-de um total de 24 mil toneladas- ao programa Fome Zero. O
problema é que o governo ainda
não têm estrutura para receber os
produtos e também não montou
logística de distribuição.
Falta definir, por exemplo,
quem vai distribuir os alimentos e
onde serão estocados. Ainda que
os produtores se disponham a entregá-los, é preciso criar uma alternativa tributária para que os
caminhões com mercadorias não
sejam retidos nas barreiras fiscais.
As cooperativas foram convocadas a participar do Fome Zero
pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Ontem, ele se
reuniu com produtores.
Rodrigues disse que questões
como a logística serão resolvidas
pelo Ministério de Segurança Alimentar, cujo titular é José Graziano. "O Fome Zero é uma excelente carta de intenções, mas o plano
de ação ainda está sendo elaborado", disse o presidente da OCB,
Márcio Lopes Freitas.
A assessoria de Graziano informou que as doações de alimentos
fazem parte de uma das ações do
programa, que é o mutirão. Coordenado por Frei Betto, o mutirão
será lançado em duas semanas.
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