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REFORMAS
Projetos seguem agora para comissões especiais
Comissão da Câmara aprova emenda paralela da Previdência e tributária
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A reforma tributária e a "PEC
paralela", que altera pontos da reforma da Previdência, foram
aprovadas ontem, por unanimidade, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. Na
tributária, foram feitas duas mudanças. Já na "PEC paralela" foram apontadas brechas, introduzidas pelo Senado, a serem corrigidas pela comissão especial que,
na prática, poderiam acabar com
os limites salariais para servidores
da União, Estados e municípios.
Agora, serão montadas duas comissões especiais para apreciar os
textos antes da votação em dois
turnos no plenário da Casa. A CCJ
só analisa se as propostas ferem a
Constituição. Já as comissões especiais podem alterar o conteúdo.
A "PEC paralela" é uma proposta de emenda constitucional criada pelos senadores para atenuar
os efeitos da reforma da Previdência, já promulgada, sobre o funcionalismo. Os pontos de consenso da tributária também já valem.
A tramitação das reformas começou na Câmara em 30 de abril
de 2003. Após mudanças no texto
original, foram para o Senado,
que as aprovou no final do ano.
O relator da "PEC paralela" na
CCJ, Maurício Rands (PT-PE),
apontou quatro falhas em alterações feitas no Senado, relacionadas à fixação de um teto e de subtetos para o funcionalismo público federal, estadual e municipal.
No caso do teto dos servidores
da União, ele corresponde ao salário de um ministro do Supremo
Tribunal Federal, de R$ 17.300. A
reforma da Previdência prevê que
o funcionalismo federal pode acumular vencimentos desde que o
salário final não supere esse valor.
Os senadores, porém, retiraram
do que está submetido ao limite as
pensões e as "vantagens de qualquer natureza". Para Rands, isso
permite que se extrapole o teto.
Outro problema é que o Senado
facultou aos Estados a fixação de
um limite único para seu funcionalismo, desde que não supere o
salário dos desembargadores. Isso permite que os deputados estaduais ganhem mais dos que os federais, o que a Constituição veta.
Na tributária, o relator Osmar
Serraglio (PMDB-PR) atribuiu ao
Executivo, e não ao Senado, a elaboração de projeto de lei complementar sobre uma política de desenvolvimento industrial para reduzir as desigualdades regionais.
A outra mudança é só de redação.
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