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Manifestação contra reservatório de usina em MG termina em tumulto
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Cerca de 250 moradores da área
que será inundada pelo reservatório da usina hidrelétrica de Irapé,
no Vale do Jequitinhonha (MG),
protestaram ontem, na sede da
Cemig (Companhia Energética de
Minas Gerais), em Belo Horizonte, contra o atraso da empresa para reassentar as famílias atingidas.
Seguranças da Cemig tentaram
impedir a entrada dos manifestantes. Houve tumulto. Segundo
o presidente da Comissão de
Atingidos pela Barragem de Irapé, José Antônio de Andrade, três
pessoas foram feridas levemente.
A Cemig, pela assessoria de imprensa, não confirmou. De acordo com a empresa, houve confusão porque os seguranças não sabiam que os manifestantes estavam autorizados a entrar na sede.
Ao todo, 1.128 famílias em 42
comunidades de sete municípios
devem ser reassentadas pela Cemig, que venceu a licitação para
exploração da usina por 35 anos.
O enchimento do reservatório de
137 km2 -que levará de oito meses a dois anos- está previsto para começar em novembro.
Todos os manifestantes participaram de reunião, no auditório
da Cemig, com o presidente da
empresa, Djalma Morais, e a
coordenadora do projeto da hidrelétrica, Mônica Cordeiro. Os
atingidos apresentaram pauta de
reivindicações com oito pontos,
entre eles a conclusão, até março,
do cadastro patrimonial e de todos os reassentamentos.
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