São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2004

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Manifestação contra reservatório de usina em MG termina em tumulto

THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Cerca de 250 moradores da área que será inundada pelo reservatório da usina hidrelétrica de Irapé, no Vale do Jequitinhonha (MG), protestaram ontem, na sede da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), em Belo Horizonte, contra o atraso da empresa para reassentar as famílias atingidas.
Seguranças da Cemig tentaram impedir a entrada dos manifestantes. Houve tumulto. Segundo o presidente da Comissão de Atingidos pela Barragem de Irapé, José Antônio de Andrade, três pessoas foram feridas levemente.
A Cemig, pela assessoria de imprensa, não confirmou. De acordo com a empresa, houve confusão porque os seguranças não sabiam que os manifestantes estavam autorizados a entrar na sede.
Ao todo, 1.128 famílias em 42 comunidades de sete municípios devem ser reassentadas pela Cemig, que venceu a licitação para exploração da usina por 35 anos. O enchimento do reservatório de 137 km2 -que levará de oito meses a dois anos- está previsto para começar em novembro.
Todos os manifestantes participaram de reunião, no auditório da Cemig, com o presidente da empresa, Djalma Morais, e a coordenadora do projeto da hidrelétrica, Mônica Cordeiro. Os atingidos apresentaram pauta de reivindicações com oito pontos, entre eles a conclusão, até março, do cadastro patrimonial e de todos os reassentamentos.


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