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TCE dá prazo a ex-dirigentes de fundo para repor R$ 31 mi
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
O TCE (Tribunal de Contas do
Estado) deu prazo de 30 dias para
que o presidente e o diretor de investimentos do Rioprevidência
(fundo de pensão dos servidores
estaduais) no governo Benedita
da Silva, de abril a dezembro de
2002, e mais três corretoras de valores devolvam aos cofres do Estado do Rio R$ 31 milhões.
Esse seria o valor atualizado do
prejuízo sofrido pelo fundo com
supostas operações irregulares de
compra e venda de títulos públicos federais em poder do Estado.
A decisão do TCE, aprovada ontem por unanimidade, foi divulgada no mesmo dia da instalação
da CPI na Assembléia do Rio para
apurar irregularidades na Loterj
(Loteria do Estado do Rio de Janeiro) na gestão Waldomiro Diniz, de janeiro de 2001 a dezembro
de 2002, e no Rioprevidência.
A bancada petista na Assembléia suspeita que o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB),
responsável pela nomeação de
Waldomiro para a Loterj -ele foi
mantido por Benedita-, está
tentando desviar da Loterj o foco
da CPI. Garotinho tem a maioria
dos deputados da comissão.
"Não questiono o parecer do
TCE, mas é estranho que, justamente no dia em que instalamos a
CPI, venha a público. No ano passado, o TCE já havia apontado irregularidades no Rioprevidência,
mesmo assim a Assembléia não
fez esforço para instalar uma
CPI", disse o líder do PT, Gilberto
Palmares. O partido defendia
agora a separação das apurações.
"O relatório só mostra que estávamos no caminho certo ao incluir o Rioprevidência nas investigações. Vamos pedir uma cópia
do documento", afirmou o presidente da CPI, Alessandro Calazans (PV), da base de Garotinho.
O presidente do Rioprevidência
na gestão Benedita era Ruy de
Mesquita Bello e o diretor de investimentos era Mauro Eduardo
Agostinho Michelsen. Bello foi
uma indicação do pastor batista
Washington Rodrigues Souza
Ferreira, que é ligado a Benedita.
Ontem, a CPI decidiu convocar
para a próxima semana os presidentes e diretores da Loterj e do
Rioprevidência entre 1999 e 2004
e os diretores das corretoras.
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