São Paulo, sexta-feira, 05 de março de 2004

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Para procurador, PF falha em Unaí

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O procurador André Ubaldino, do Ministério Público de Minas Gerais e membro da força-tarefa que investiga o assassinato de três fiscais do Trabalho em Unaí (MG), criticou ontem a atuação da Polícia Federal no caso.
Segundo Ubaldino, há desarticulação das instituições envolvidas nas investigações. "Não há nem houve força-tarefa." Como exemplo, citou que o delegado da PF Alfredo Junqueira, que preside o inquérito, voltou a Brasília na semana seguinte aos crimes, deixando as equipes sem instruções.
Ubaldino, que participou ontem de audiência na Assembléia mineira sobre o andamento das investigações, disse que não quis criticar a PF, só "desfazer o mito" de que existe uma força-tarefa.
Em 28 de janeiro, três auditores fiscais do Trabalho e o motorista que os acompanhava foram mortos em Unaí. O governo federal determinou a criação de uma força-tarefa para as investigações, formada por seis instituições.
O procurador também criticou os ministros Ricardo Berzoini (Trabalho) e Nilmário Miranda (Direitos Humanos), que estiveram em Unaí no dia dos crimes, por supostamente terem apressado a realização das perícias nas vítimas, para liberação rápida dos corpos. Por isso, disse Ubaldino, os exames foram "prejudicados".
A assessoria de imprensa da PF em Brasília informou que o órgão não comentaria as declarações. Os ministros não foram localizados. (THIAGO GUIMARÃES)

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