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Para procurador, PF falha em Unaí
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O procurador André Ubaldino,
do Ministério Público de Minas
Gerais e membro da força-tarefa
que investiga o assassinato de três
fiscais do Trabalho em Unaí
(MG), criticou ontem a atuação
da Polícia Federal no caso.
Segundo Ubaldino, há desarticulação das instituições envolvidas nas investigações. "Não há
nem houve força-tarefa." Como
exemplo, citou que o delegado da
PF Alfredo Junqueira, que preside
o inquérito, voltou a Brasília na
semana seguinte aos crimes, deixando as equipes sem instruções.
Ubaldino, que participou ontem de audiência na Assembléia
mineira sobre o andamento das
investigações, disse que não quis
criticar a PF, só "desfazer o mito"
de que existe uma força-tarefa.
Em 28 de janeiro, três auditores
fiscais do Trabalho e o motorista
que os acompanhava foram mortos em Unaí. O governo federal
determinou a criação de uma força-tarefa para as investigações,
formada por seis instituições.
O procurador também criticou
os ministros Ricardo Berzoini
(Trabalho) e Nilmário Miranda
(Direitos Humanos), que estiveram em Unaí no dia dos crimes,
por supostamente terem apressado a realização das perícias nas vítimas, para liberação rápida dos
corpos. Por isso, disse Ubaldino,
os exames foram "prejudicados".
A assessoria de imprensa da PF
em Brasília informou que o órgão
não comentaria as declarações.
Os ministros não foram localizados.
(THIAGO GUIMARÃES)
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