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"Direção tenta se eximir de derrota", diz deputado
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O deputado Virgílio Guimarães
(PT-MG) reagiu à indicação da
Executiva do PT de suspendê-lo
por um ano dizendo que "está tudo tranqüilo", embora ele continue inconformado com a tentativa de puni-lo. Ele atribui isso a
"um grupo" da Executiva petista,
a quem critica, sem citar nomes.
"É uma tentativa de um grupo
da direção do partido de se eximir
da derrota, que foi muito forte",
disse Virgílio, referindo-se à
maior derrota política do governo
Lula até agora, com a eleição de
Severino Cavalcanti (PP-PE) para
a presidência da Câmara.
"A condução que a direção do
partido deu à sucessão na Câmara
foi um desastre. É um episódio
que o PT deve refletir e arquivar."
Deixar o PT não está nos seus
planos. "É o meu partido, eu vou
apenas mostrar que está sendo
feita uma besteira."
"A direção nacional não vai sitiar o PT porque é mais aberta, a
Executiva é muito focada em São
Paulo", disse Virgílio, que vê na
atitude desse "grupo" o início da
disputa interna pelos cargos de
comando do PT, que serão renovados em setembro.
Se ele não deu nomes, o deputado estadual Rogério Correia, do
grupo do congressista, deu: "Antes de querer tirar a cidadania política do Virgílio, o Genoino [José
Genoino, presidente do PT] deveria ter pensado que, quando ele se
candidatou a deputado federal
pela primeira vez, o Virgílio já tinha história no PT".
Mas a reação negativa coube
apenas a Virgílio e seu grupo. "A
indicação da Executiva possibilita
a reconstrução do diálogo", disse
André Quintão, líder da bancada
do PT no Legislativo.
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