São Paulo, sábado, 05 de março de 2005

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"Direção tenta se eximir de derrota", diz deputado

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) reagiu à indicação da Executiva do PT de suspendê-lo por um ano dizendo que "está tudo tranqüilo", embora ele continue inconformado com a tentativa de puni-lo. Ele atribui isso a "um grupo" da Executiva petista, a quem critica, sem citar nomes.
"É uma tentativa de um grupo da direção do partido de se eximir da derrota, que foi muito forte", disse Virgílio, referindo-se à maior derrota política do governo Lula até agora, com a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) para a presidência da Câmara.
"A condução que a direção do partido deu à sucessão na Câmara foi um desastre. É um episódio que o PT deve refletir e arquivar."
Deixar o PT não está nos seus planos. "É o meu partido, eu vou apenas mostrar que está sendo feita uma besteira."
"A direção nacional não vai sitiar o PT porque é mais aberta, a Executiva é muito focada em São Paulo", disse Virgílio, que vê na atitude desse "grupo" o início da disputa interna pelos cargos de comando do PT, que serão renovados em setembro.
Se ele não deu nomes, o deputado estadual Rogério Correia, do grupo do congressista, deu: "Antes de querer tirar a cidadania política do Virgílio, o Genoino [José Genoino, presidente do PT] deveria ter pensado que, quando ele se candidatou a deputado federal pela primeira vez, o Virgílio já tinha história no PT".
Mas a reação negativa coube apenas a Virgílio e seu grupo. "A indicação da Executiva possibilita a reconstrução do diálogo", disse André Quintão, líder da bancada do PT no Legislativo.


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