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Governo fará corpo-a-corpo com servidores para evitar paralisação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para tentar esvaziar a greve geral marcada para o dia 18, o governo vai iniciar um corpo-a-corpo
com os servidores federais. Cartas
com o índice de reajuste definido
na semana passada por categoria
deverão ser enviadas.
A Folha apurou que a idéia é
mostrar a cada servidor da ativa
quanto ele vai ganhar com a proposta do governo. Os reajustes estão entre 10,79% e 29,38%, superiores à inflação de 9,3% de 2003
(medida pelo IPCA) e atingem os
servidores que ganham menos.
Os aposentados terão percentuais
menores porque não recebem todas as gratificações elevadas.
A campanha deve começar nesta semana, com boletins internos
e envio de informativos. Também
poderá haver ação na mídia.
Hoje o governo deve definir de
quanto será a suplementação orçamentária para melhorar o reajuste dos aposentados. Os sindicatos querem ajuste igual ao dos
ativos. A Folha apurou que a isonomia custaria mais de R$ 1 bilhão/ano e está fora de cogitação.
Os reajustes diferenciados para
900 mil servidores devem consumir R$ 1,5 bilhão.
O governo quer agir porque sabe que os servidores devem optar
por greve na plenária no dia 18.
Em nota, a CNESF (Coordenação Nacional das Entidades dos
Servidores Federais) rejeita reajustes diferenciados para aposentados. Lembra que a partir de
maio os inativos descontarão 11%
para a Previdência.
Os servidores marcaram para o
dia 14 greve de 24 horas, chamada
Dia da Resposta. Eles comparam
a política de Lula à de FHC, com
aumento nas gratificações, o que
gera distorções nas carreiras. O
governo promete finalizar uma
política salarial permanente até o
final do semestre. A CNESF pede
reajuste emergencial de 50,19% e
a recomposição de perdas desde
95, o que daria 127,3%.
(SM)
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