|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"EM NOME DA FAMÍLIA"
Presidente da Câmara busca apoio do arcebispo de Aparecida
Severino defende censura de beijo gay em programa de TV
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM APARECIDA
O presidente da Câmara dos
Deputados, Severino Cavalcanti
(PP-PE), defendeu ontem, em
Pindamonhangaba (145 km de
SP), uma articulação com a igreja
e com empresários para pôr em
pauta no Legislativo um projeto
de proteção à família, que tem como principal ponto o controle de
programas na TV que mostrem
"mulher beijando mulher e homem beijando homem".
"Eu daria zero para aqueles programas onde aparece mulher beijando mulher e homem beijando
homem. Não só novelas, mas programas de modo geral. Mas aproveitam as novelas para apresentar
esses temas que só fazem ferir a
família brasileira", disse.
Severino participou de missa na
Igreja de São Benedito, em Aparecida (167 km a nordeste de SP), e
de inauguração de rotatória que
levou seu nome. À tarde, almoçou
com líderes políticos e empresariais na casa no presidente da
Fiesp (Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo), Paulo
Skaf, em Pindamonhangaba.
Severino disse ter conversado
com Skaf e com o arcebispo de
Aparecida, d. Raymundo Damasceno Assis, para obter apoio ao
projeto. "Você acha que é normal
as televisões passarem aquelas
novelas onde tem relacionamento
de pai com filho, de irmã com irmão? Isso é uma verdadeira aberração. Eu sou contra. Podem me
chamar de retrógrado, mas defendo a integridade da família."
Severino disse que defenderá
mais rigor quanto aos horários
em que são exibidos programas
que ele considera "insidiosos".
"Temos de lutar contra aqueles
programas insidiosos que levam a
juventude para o caminho desvirtuado, um caminho contra a ética
e contra a moral."
"Essa discussão na Câmara vai
ficar mais forte porque vou incentivar e para isso estou fazendo
apelo à igreja, por intermédio do
dom Damasceno, para que ele me
ajude nesta luta porque é preciso
que a sociedade se levante para
defender a família."
Severino também disse que dará prioridade para colocar em votação o projeto de plebiscito sobre
o desarmamento. "Colocarei imediatamente [na pauta]. Vou
transpor os obstáculos para colocar em votação no primeiro momento, na próxima semana."
No plebiscito, caso aprovado, a
população deve opinar se é a favor
ou contra a proibição da venda de
armas de fogo e munição.
Segundo Severino, o pedido para colocar o projeto em pauta foi
feito pelo arcebispo de Aparecida.
"O pedido do d. Raymundo é
uma ordem. Ele é o grande incentivador da minha vida", disse Severino, que morou em Aparecida
há 50 anos. Na cidade, Severino
conheceu sua mulher, Amélia.
Ontem, recebeu a bênção de padre e ganhou imagem de Nossa
Senhora Aparecida.
Texto Anterior: Protesto bloqueia rodovia no Pará Próximo Texto: Saiba mais: Classificação não é obrigatória para emissoras Índice
|