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No RJ, sem-terra se une a servidor
da Sucursal do Rio
Militantes do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra) que estão acampados desde terça-feira no saguão do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no centro do Rio, participaram ontem de um ato de protesto
dos servidores públicos federais
na sede regional do Ministério da
Fazenda, a cinco quadras de distância.
O ato promovido pelo Sintrasef-RJ (Sindicato dos Trabalhadores
do Serviço Público Federal no
Rio), que reuniu cerca de 250 pessoas entre servidores, sindicalistas, representantes de partidos, líderes estudantis e sem-terra, fez
parte da paralisação de 24 horas
convocada pelo sindicato.
Segundo Roberto Xavier, diretor do Sintrasef-RJ, no fim-de-semana haverá uma reunião da categoria em Brasília, quando será
decidido se os servidores irão parar por tempo indeterminado a
partir de quarta-feira.
Os servidores também querem
o fim da terceirização do serviço
público. De acordo com Xavier,
mais de 55% dos funcionários do
Ministério da Fazenda no Rio são
terceirizados.
No final da manifestação, a escadaria do Ministério da Fazenda
foi lavada com água-de-cheiro,
detergente e pétalas de rosas
brancas.
"Água-de-cheiro para dar perfume, detergente para tirar a sujeira grossa e pétalas de rosas para
purificar o ambiente", disse Almério Belém, da executiva da
CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Rio.
Ao fim da manifestação, uma
passeata foi do Ministério da Fazenda até a sede do BNDES, onde
estão os sem-terra.
Na rua da Assembléia, o grupo
parou em frente ao Banestado
(Banco do Estado do Paraná) e
lembrou a morte de um sem-terra
na quarta-feira, no Paraná.
Na sede do BNDES, os servidores e sem-terra gritaram palavras
de ordem contra o governo.
Depois, uma parte dos manifestantes seguiu para a Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), na
Baixada Fluminense, para dar
apoio ao movimento de greve dos
caminhoneiros.
A Polícia Federal, encarregada
de vigiar os sem-terra que estão
no BNDES, informou ontem que
não haverá qualquer ato de retirada dos manifestantes à força sem
ordem judicial.
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