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Invasões vão continuar, diz líder dos sem-terra
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
DA AGÊNCIA FOLHA
João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra), ironizou o "esforço"
dos ruralistas para defenderem
suas propriedades.
Rodrigues disse que os fazendeiros irão "se armar e gastar dinheiro à toa, mas as invasões, onde as coordenações regionais decidirem, irão acontecer".
De acordo com Rodrigues, a palavra de ordem do movimento
para a primeira quinzena de maio
é "ir para o latifúndio".
"Agora, de qual forma os companheiros de cada região irão para os latifúndios e quais as estratégias de luta de como fazer isso, vai
depender da realidade de cada região", afirmou.
Rodrigues, líder mais visível hoje do MST, declarou que, mesmo
com todo o aparato defensivo dos
ruralistas, o movimento irá "entrar em um ou dois latifúndios em
cada Estado, dependendo das necessidades dos companheiros".
No Estado do Paraná, por
exemplo, o alvo do movimento
sem-terra já está decidido: serão
40 mil hectares do grupo Giacometti/Marodin (madeireira Araupel), localizado no centro-sul do
Estado. A área do grupo madeireiro abrange, no total, quatro
municípios da região.
Estratégia
Elimar Cezimbra, da coordenação do MST em Laranjeiras do
Sul, disse que a invasão, no início
de abril, da fazenda Solidor, fez
parte da estratégia de se aproximar da área da madeireira.
"Além do caráter simbólico da
reocupação da Solidor [área em
Espigão Alto do Iguaçu, que de
1986 a 2000 foi assentamento
sem-terra e depois devolvido para
seu proprietário pela Justiça do
Paraná", é evidente que a área é
estratégica como base para ocuparmos o latifúndio por extensão
da Araupel", afirmou o coordenador do MST.
(JM E EDS)
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