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No RS, ruralistas têm serviço de inteligência
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
DA AGÊNCIA FOLHA
No Rio Grande do Sul, ao contrário de outras regiões, os ruralistas se dizem "despreocupados"
com possíveis ações do MST.
Entre as razões para essa aparente tranquilidade dos ruralistas
gaúchos estão a troca dos governadores, com a saída do petista
Olívio Dutra e a posse de Germano Rigotto (PMDB), que adota
um discurso mais conservador, e
uma ação coordenada pela Farsul
(Federação da Agricultura do Rio
Grande do Sul).
"Agora, quando eles pulam a
mangueira, já estamos sabendo",
afirmou Carlos Rivaci Sperotto,
64, presidente da Farsul.
De acordo com Sperotto, as
boas relações da entidade com o
governo Rigotto e um serviço de
inteligência desenvolvido pela entidade são os motivos "para a
tranquilidade, quase férias dos
produtores gaúchos".
No sistema criado pela Farsul,
em qualquer região do Estado onde se reúnem sem-terra, produtores comunicam imediatamente o
sindicato local, que aciona a Farsul e, ao mesmo tempo, organiza
fazendeiros para o monitoramento dos sem-terra.
A ação inclui a instalação de um
acampamento ao lado dos que
são organizados pelos sem-terra,
em caso de necessidade.
"Depois que instalamos esse sistema, não existe movimentação
dos sem-terra sem que a classe
produtora esteja atenta e se movimentando também", declarou
Sperotto.
Negociação
À Farsul cabe o papel de negociar com o governo Germano Rigotto a rápida ação da Secretaria
Estadual da Segurança Pública
para barrar possíveis invasões de
sem-terra.
De acordo com Sperotto, outro
motivo de "tranquilidade" dos fazendeiros gaúchos é que, segundo
ele, no Rio Grande do Sul não
existem latifúndios improdutivos.
(JM E EDS)
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