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São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2003

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No RS, ruralistas têm serviço de inteligência

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

DA AGÊNCIA FOLHA

No Rio Grande do Sul, ao contrário de outras regiões, os ruralistas se dizem "despreocupados" com possíveis ações do MST.
Entre as razões para essa aparente tranquilidade dos ruralistas gaúchos estão a troca dos governadores, com a saída do petista Olívio Dutra e a posse de Germano Rigotto (PMDB), que adota um discurso mais conservador, e uma ação coordenada pela Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul).
"Agora, quando eles pulam a mangueira, já estamos sabendo", afirmou Carlos Rivaci Sperotto, 64, presidente da Farsul.
De acordo com Sperotto, as boas relações da entidade com o governo Rigotto e um serviço de inteligência desenvolvido pela entidade são os motivos "para a tranquilidade, quase férias dos produtores gaúchos".
No sistema criado pela Farsul, em qualquer região do Estado onde se reúnem sem-terra, produtores comunicam imediatamente o sindicato local, que aciona a Farsul e, ao mesmo tempo, organiza fazendeiros para o monitoramento dos sem-terra.
A ação inclui a instalação de um acampamento ao lado dos que são organizados pelos sem-terra, em caso de necessidade.
"Depois que instalamos esse sistema, não existe movimentação dos sem-terra sem que a classe produtora esteja atenta e se movimentando também", declarou Sperotto.

Negociação
À Farsul cabe o papel de negociar com o governo Germano Rigotto a rápida ação da Secretaria Estadual da Segurança Pública para barrar possíveis invasões de sem-terra.
De acordo com Sperotto, outro motivo de "tranquilidade" dos fazendeiros gaúchos é que, segundo ele, no Rio Grande do Sul não existem latifúndios improdutivos. (JM E EDS)


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