São Paulo, terça, 5 de maio de 1998

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Ruth assina convênio na 5ª

do enviado especial

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que, desde a última seca, em 1993, quando ele era ministro da Fazenda (governo Itamar Franco), a concepção de ajuda do governo federal ao Nordeste mudou.
"Em 93, não havia nada", disse o presidente. "Nós organizamos as comissões (de distribuição de alimentos) e agora é preciso que se faça o que não se fez na época, que é dar educação e treinamento."
Na quinta-feira, a presidente do Conselho da Comunidade Solidária, Ruth Cardoso, estará no Ceará assinando o primeiro convênio para a alfabetização de adultos das áreas atingidas pela seca. O governo quer alfabetizar 20 mil pessoas.
Para FHC, o trabalho de combate aos efeitos da seca não deve ficar restrito ao governo. "Não precisa ser só do Comunidade Solidária, não. Quanto mais organizações se dispuserem a se organizar para atender a população, melhor será. É preciso que haja junção."
Aproveitando a presença do bispo de Itapipoca, d. Benedito Francisco de Albuquerque -cuja diocese engloba Tejuçuoca-, FHC disse que precisa da igreja, não só da Católica, no combate à seca. "Eu faço um apelo a todas as igrejas. O governo está aberto à ajuda de todos."
D. Benedito disse a FHC que a seca é uma "dívida social não só do governo, mas de toda a sociedade com o Nordeste". "O problema é tão complexo que só o governo não vai ajudar."



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