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Ruth assina
convênio na 5ª
do enviado especial
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que, desde a última seca, em 1993, quando ele era
ministro da Fazenda (governo Itamar Franco), a concepção de ajuda do governo federal ao Nordeste
mudou.
"Em 93, não havia nada", disse
o presidente. "Nós organizamos
as comissões (de distribuição de
alimentos) e agora é preciso que se
faça o que não se fez na época, que
é dar educação e treinamento."
Na quinta-feira, a presidente do
Conselho da Comunidade Solidária, Ruth Cardoso, estará no Ceará
assinando o primeiro convênio
para a alfabetização de adultos das
áreas atingidas pela seca. O governo quer alfabetizar 20 mil pessoas.
Para FHC, o trabalho de combate aos efeitos da seca não deve ficar
restrito ao governo. "Não precisa
ser só do Comunidade Solidária,
não. Quanto mais organizações se
dispuserem a se organizar para
atender a população, melhor será.
É preciso que haja junção."
Aproveitando a presença do bispo de Itapipoca, d. Benedito Francisco de Albuquerque -cuja diocese engloba Tejuçuoca-, FHC
disse que precisa da igreja, não só
da Católica, no combate à seca.
"Eu faço um apelo a todas as igrejas. O governo está aberto à ajuda
de todos."
D. Benedito disse a FHC que a
seca é uma "dívida social não só
do governo, mas de toda a sociedade com o Nordeste". "O problema é tão complexo que só o governo não vai ajudar."
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