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São Paulo, quinta-feira, 05 de junho de 2003

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CONTAS CC-5

Esquema pode ter políticos envolvidos, segundo a PF; comissão será presidida pelo PSDB e relatada pelo PT

Governo recua e Câmara terá CPI no caso Banestado

RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O colégio de líderes da Câmara dos Deputados decidiu ontem instalar na próxima terça-feira uma CPI para apurar a remessa ilegal de cerca de US$ 30 bilhões para o exterior, por meio do Banestado (Banco do Estado do Paraná), entre 1996 e 1999.
Segundo a Polícia Federal, que já investiga o esquema, há nomes de políticos envolvidos na movimentação suspeita.
Derrubada na semana passada no Senado por meio de articulação comandada pelo Planalto -que temia prejuízos ao trâmite das reformas-, a CPI será presidida pelo PSDB e relatada pelo PT (os nomes ainda não foram definidos). O autor do requerimento de instalação, que contou com 171 assinaturas, é o deputado Eduardo Valverde (PT-RO).
Pesaram para o recuo do governo a repercussão negativa do empenho utilizado para o sepultamento da CPI no Senado e o fato de o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), já ter negado a abertura de outras CPIs defendidas por integrantes da base aliada, como a dos fiscais do Rio de Janeiro e a do grampo da Bahia.
Além da CPI do Banestado, foi aprovada a instalação de outras três, para investigar a pirataria, os planos de saúde e a Serasa (Centralização de Serviços Bancários).


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