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CONTAS CC-5
Esquema pode ter políticos envolvidos, segundo a PF; comissão será presidida pelo PSDB e relatada pelo PT
Governo recua e Câmara terá CPI no caso Banestado
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O colégio de líderes da Câmara
dos Deputados decidiu ontem
instalar na próxima terça-feira
uma CPI para apurar a remessa
ilegal de cerca de US$ 30 bilhões
para o exterior, por meio do Banestado (Banco do Estado do Paraná), entre 1996 e 1999.
Segundo a Polícia Federal, que
já investiga o esquema, há nomes
de políticos envolvidos na movimentação suspeita.
Derrubada na semana passada
no Senado por meio de articulação comandada pelo Planalto
-que temia prejuízos ao trâmite
das reformas-, a CPI será presidida pelo PSDB e relatada pelo PT
(os nomes ainda não foram definidos). O autor do requerimento
de instalação, que contou com 171
assinaturas, é o deputado Eduardo Valverde (PT-RO).
Pesaram para o recuo do governo a repercussão negativa do empenho utilizado para o sepultamento da CPI no Senado e o fato
de o presidente da Câmara dos
Deputados, João Paulo Cunha
(PT-SP), já ter negado a abertura
de outras CPIs defendidas por integrantes da base aliada, como a
dos fiscais do Rio de Janeiro e a do
grampo da Bahia.
Além da CPI do Banestado, foi
aprovada a instalação de outras
três, para investigar a pirataria, os
planos de saúde e a Serasa (Centralização de Serviços Bancários).
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