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Contratos de
fachada são
investigados
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Estadual está investigando supostos contratos de fachada, firmados em cartório entre cooperativas do PAS (Plano de
Atendimento à Saúde) e empresas privadas, que seriam
usados para justificar a saída
ilícita de dinheiro público da
Secretaria Municipal da Saúde.
Segundo o Ministério Público, há suspeitas de que esses
serviços, que previam o gerenciamento terceirizado dos módulos do PAS, não foram executados.
A denúncia foi feita, na semana passada, pela ex-chefe de gabinete da secretaria da Saúde
Maria Lúcia Tojal.
Em depoimento ao Ministério Público, ela afirmou que,
durante o período em que
atuou na secretaria, foi procurada por funcionários da MGA
que cobraram uma dívida de
R$ 1,54 milhão, referente a serviços de gerenciamento para os
módulos do PAS 9 (Santo
Amaro) e do PAS 10 (Campo
Limpo). Segundo denúncias
feitas à ex-chefe de gabinete, esses serviços não chegaram a ser
prestados.
Para legalizar o débito, as
cooperativas assinaram, em janeiro do ano passado, um termo de confissão de dívida, registrado em cartório.
Segundo Maria Lúcia, os funcionários da MGA apresentaram esse documento para justificar a responsabilidade da secretaria em quitar a dívida.
Nesse contrato, o parágrafo
sexto informa que "fica entendido que o pagamento por parte da cooperativa à MGA ficará
adstrito e condicionado ao repasse a ser feito pela Secretaria
Municipal da Saúde, separadamente do valor da remessa
mensal do custeio".
Outro lado
A assessoria de imprensa do
secretário da Saúde, Jorge Pagura, informou que a secretaria
não tem responsabilidade por
um contrato assinado entre as
cooperativas e a MGA.
Segundo a assessoria, a secretaria nunca pagou nenhuma
parcela do valor cobrado pela
gerenciados. Com relação à suposta responsabilidade da prefeitura, como supõe o documento, a secretaria informo
que isso "será discutido na Justiça".
(LILIAN CHRISTOFOLETTI)
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