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Ministério Público e AGU se unem contra decisão
DA REPORTAGEM LOCAL
O MPF (Ministério Público Federal) e a AGU (Advocacia Geral
da União) farão um trabalho conjunto para analisar a sentença do
juiz Casem Mazloum e elaborar as
razões do recurso a ser oferecido
ao Tribunal Regional Federal.
O recurso deverá ser julgado,
por prevenção, pela 5ª Turma do
tribunal (onde já foram julgados
outros recursos do caso).
Ontem, cinco procuradores da
República, da área cível e criminal, reuniram-se na Procuradoria
da República, em São Paulo, com
o advogado da União Rodrigo
Bernardes Dias e o procurador-chefe da União em Brasília, Antenor Madruga, para fazer uma primeira análise da sentença.
Participaram da reunião Janice
Ascari, José Ricardo Meirelles,
Maria Luísa Duarte, Isabel Groba
e Mônica Garcia. "Foi feita uma
primeira leitura da sentença, para
fixar o objeto do recurso", disse
Janice, que ofereceu a denúncia.
O MPF deverá oferecer apelação
até segunda. Janice pediu a um
grupo de procuradores criminais
uma análise da sentença.
Na segunda, ela havia dito "não
entender" os motivos que levaram o juiz a desconsiderar as provas. "Essa fraude não foi realizada
só por Nicolau", disse na ocasião.
Mazloum entendeu que houve
"precipitação" do MPF, ao oferecer a denúncia sem uma investigação prévia pela Polícia Federal,
e insuficiência de provas. Ele havia indeferido pedidos de perícias
e traduções de documentos por
achar que isso postergaria a ação e
prolongaria a prisão, sem julgamento, de Nicolau.
(FV)
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