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PT tenta isolar crise e evitar prejuízo a Lula
DA REPORTAGEM LOCAL
O PT iniciou um movimento
para isolar a crise gerada pela
aliança com o PL em Alagoas. A
prioridade do partido é evitar que
o episódio ganhe contornos nacionais e prejudique a campanha
de Luiz Inácio Lula da Silva.
Reservadamente, lideranças da
cúpula do partido admitem que a
crise é potencialmente desgastante para Lula, mas que, bem administrada, poderá ser esquecida em
uma ou duas semanas.
Ontem, a direção nacional abriu
artilharia contra a senadora Heloísa Helena, que renunciou à
pré-candidatura ao governo após
a decisão do diretório nacional de
impor ao PT alagoano a aliança
com o PL.
"Questionamos o conceito de
ética que apregoa a senadora. Em
1998, muitos dos que ela agora
ataca pertenciam ao PMN, que estava em sua coligação. Caso do
deputado federal João Caldas. Ética é questão de princípio, não de
conjuntura", declarou o secretário de Organização do PT, Silvio
Pereira, designado pela direção
do partido para responder à senadora.
Nos próximos dias, Helena deverá ser substituída pelo vereador
Judson Cabral, consumando a
aliança com o PL. Espera o PT que
isso contribua para encerrar o caso. Será a troca de uma candidatura forte por uma frágil, já que a senadora aparecia com chances de
vencer nas pesquisas.
O discurso oficial petista, no entanto, é que o partido não perde,
pois avalia que a disputa tende a
ser polarizada entre o ex-presidente Fernando Collor (PRTB) e
o atual governador, Ronaldo Lessa (PSB).
(FÁBIO ZANINI)
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