São Paulo, sexta-feira, 05 de julho de 2002

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PT tenta isolar crise e evitar prejuízo a Lula

DA REPORTAGEM LOCAL

O PT iniciou um movimento para isolar a crise gerada pela aliança com o PL em Alagoas. A prioridade do partido é evitar que o episódio ganhe contornos nacionais e prejudique a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.
Reservadamente, lideranças da cúpula do partido admitem que a crise é potencialmente desgastante para Lula, mas que, bem administrada, poderá ser esquecida em uma ou duas semanas.
Ontem, a direção nacional abriu artilharia contra a senadora Heloísa Helena, que renunciou à pré-candidatura ao governo após a decisão do diretório nacional de impor ao PT alagoano a aliança com o PL.
"Questionamos o conceito de ética que apregoa a senadora. Em 1998, muitos dos que ela agora ataca pertenciam ao PMN, que estava em sua coligação. Caso do deputado federal João Caldas. Ética é questão de princípio, não de conjuntura", declarou o secretário de Organização do PT, Silvio Pereira, designado pela direção do partido para responder à senadora.
Nos próximos dias, Helena deverá ser substituída pelo vereador Judson Cabral, consumando a aliança com o PL. Espera o PT que isso contribua para encerrar o caso. Será a troca de uma candidatura forte por uma frágil, já que a senadora aparecia com chances de vencer nas pesquisas.
O discurso oficial petista, no entanto, é que o partido não perde, pois avalia que a disputa tende a ser polarizada entre o ex-presidente Fernando Collor (PRTB) e o atual governador, Ronaldo Lessa (PSB). (FÁBIO ZANINI)


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