|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Votações ocupam semana pré-recesso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo inicia hoje uma semana de "esforço concentrado"
no Congresso com o objetivo de
votar sete projetos considerados
prioritários para a economia do
país. Apesar de terem marcado
sessões para votação nos cinco
dias da semana, o que não é comum, os próprios senadores e deputados governistas avaliam que
não será possível cumprir toda a
pauta até a sexta-feira, quando,
em tese, tem início o recesso do
Legislativo.
Alguns dos projetos que vão a
voto, como a Lei de Falências, o
projeto das PPP (Parcerias Público-Privadas), as novas regras das
agências reguladoras e o projeto
de incentivo à construção civil devem ficar para agosto ou para a
próxima semana, caso o Congresso não entre em recesso.
"A gente, com certeza, não vai
ficar agosto e setembro sem votar
nada, então acho que alguns dos
temas apresentados podem ficar
para uma semana de arremate,
em agosto", afirmou o senador
Fernando Bezerra (PTB-RN), líder do governo no Congresso.
Esvaziamento
Em ano eleitoral, a prática é o esvaziamento do Congresso após o
recesso de julho, quando deputados e senadores ficam envolvidos
com as eleições em seus Estados.
Neste ano, 94 parlamentares serão candidatos a prefeito ou a vice
em outubro.
"Havia um pré-acordo para votar um conjunto de matérias. Se
for mantida essa boa vontade, não
há razão para não votar", afirmou
o deputado Professor Luizinho
(PT-SP), líder do governo na Câmara.
O deputado também diz acreditar que alguns projetos ficarão para votação posterior.
Os ministros Aldo Rebelo
(Coordenação Política) e Guido
Mantega (Planejamento) devem
se reunir hoje com líderes dos
partidos aliados para tentar contornar problemas, um dos quais
está situado na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), cuja não-votação impede o Congresso de
entrar em recesso.
Irritada com a baixa liberação
pelo governo de suas emendas ao
Orçamento, a oposição ameaça
usar instrumentos regimentais
para dificultar as votações.
"Estávamos dispostos a votar o
que tivesse acordo, mas a nossa
base está revoltada contra a discriminação, o ambiente não é
bom, é de revolta", afirmou o deputado José Carlos Aleluia (BA),
líder do PFL.
Mantega tentará ainda convencer o relator da LDO, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), a
alterar pontos de seu texto que sofrem oposição do governo, como
é o caso da vinculação do aumento do salário mínimo ao crescimento do Produto Interno Bruto.
(RB)
Texto Anterior: Lula faz hoje balanço de sua administração Próximo Texto: Eleições 2004/Campanha: Líderes antecipam campanha em São Paulo Índice
|