São Paulo, segunda-feira, 05 de julho de 2004

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Maluf gasta R$ 147 no Mercadão, usa quimono japonês e ataca PSDB

DA REPORTAGEM LOCAL

Ontem de manhã, Paulo Maluf (PP) se vestiu de sushiman e caminhou pela feira da Liberdade. Mais cedo, o ex-prefeito havia percorrido o Mercado Municipal e gastado R$ 147.
Candidato à Prefeitura de São Paulo, ele escolheu dois dos locais mais movimentados da cidade no domingo para fazer campanha.
O ex-prefeito circulou pelo Mercadão (região central) abraçando e beijando eleitores, dando autógrafos e posando para fotos.
Maluf deu preferência às bancas de condimentos. Desembolsou R$ 107 por quatro vidros de azeite com alho e dois pacotes do tempero moído. Questionado se tanto alho seria uma forma de manter afastado o adversário José Serra (PSDB), a quem já chamou de "vampiro", respondeu: "Alho é bom para a saúde. Afina o sangue e evita doenças das coronárias".
Em pouco mais de uma hora, parou duas vezes para lanchar. Comeu sanduíche de mortadela e bolinho de bacalhau. Nas duas paradas, pagou com nota de R$ 20 e deixou o troco.
Maluf esteve o tempo todo acompanhado do vice de sua chapa, o vereador Antonio Salim Curiati Júnior (PP). Candidatos a vereador, como o cantor Agnaldo Timóteo, pegaram carona na agenda dominical do ex-prefeito para também pedir votos.
Do Mercadão, Maluf foi para a feira da Liberdade, bairro da região central que concentra a comunidade japonesa de São Paulo. Ganhou de uma associação local um "hapi" vermelho, um quimono mais curto geralmente usado por sushiman.
"Estão vendo essas decorações na rua e aquele viaduto? Foi o Maluf que fez", disse ele, enquanto cumprimentava eleitores.
O candidato negou que tenha feito um pacto de não-agressão com Marta Suplicy (PT). Apesar disso, poupou a prefeita e voltou a atacar o PSDB de Serra. Disse que foi "a política de juros altos" do governo Fernando Henrique Cardoso que "inviabilizou" o Orçamento da Prefeitura de São Paulo.
Questionado se o anúncio da aliança de Luiza Erundina (PSB) com o PMDB o incomodou, Maluf respondeu com uma alfinetada no PT: "Quem quis a coligação com o PMDB foram outros".
(RICARDO WESTIN)


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