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Maluf gasta R$ 147 no Mercadão, usa quimono japonês e ataca PSDB
DA REPORTAGEM LOCAL
Ontem de manhã, Paulo Maluf
(PP) se vestiu de sushiman e caminhou pela feira da Liberdade.
Mais cedo, o ex-prefeito havia
percorrido o Mercado Municipal
e gastado R$ 147.
Candidato à Prefeitura de São
Paulo, ele escolheu dois dos locais
mais movimentados da cidade no
domingo para fazer campanha.
O ex-prefeito circulou pelo
Mercadão (região central) abraçando e beijando eleitores, dando
autógrafos e posando para fotos.
Maluf deu preferência às bancas
de condimentos. Desembolsou
R$ 107 por quatro vidros de azeite
com alho e dois pacotes do tempero moído. Questionado se tanto alho seria uma forma de manter afastado o adversário José Serra (PSDB), a quem já chamou de
"vampiro", respondeu: "Alho é
bom para a saúde. Afina o sangue
e evita doenças das coronárias".
Em pouco mais de uma hora,
parou duas vezes para lanchar.
Comeu sanduíche de mortadela e
bolinho de bacalhau. Nas duas
paradas, pagou com nota de R$ 20
e deixou o troco.
Maluf esteve o tempo todo
acompanhado do vice de sua chapa, o vereador Antonio Salim Curiati Júnior (PP). Candidatos a vereador, como o cantor Agnaldo
Timóteo, pegaram carona na
agenda dominical do ex-prefeito
para também pedir votos.
Do Mercadão, Maluf foi para a
feira da Liberdade, bairro da região central que concentra a comunidade japonesa de São Paulo.
Ganhou de uma associação local
um "hapi" vermelho, um quimono mais curto geralmente usado
por sushiman.
"Estão vendo essas decorações
na rua e aquele viaduto? Foi o Maluf que fez", disse ele, enquanto
cumprimentava eleitores.
O candidato negou que tenha
feito um pacto de não-agressão
com Marta Suplicy (PT). Apesar
disso, poupou a prefeita e voltou a
atacar o PSDB de Serra. Disse que
foi "a política de juros altos" do
governo Fernando Henrique Cardoso que "inviabilizou" o Orçamento da Prefeitura de São Paulo.
Questionado se o anúncio da
aliança de Luiza Erundina (PSB)
com o PMDB o incomodou, Maluf respondeu com uma alfinetada no PT: "Quem quis a coligação
com o PMDB foram outros".
(RICARDO WESTIN)
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