São Paulo, segunda-feira, 05 de julho de 2004 |
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Em festa junina, Serra diz que não quer federalizar debate eleitoral
MURILO FIUZA DE MELO DA REPORTAGEM LOCAL O último compromisso do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, antes do início oficial da campanha eleitoral, a partir de manhã, foi uma visita na noite de sábado à festa junina do Juventus, tradicional clube da Mooca, região onde o tucano nasceu e passou a infância. A visita encerrou a "etapa de reconhecimento do campo de ação", como classificou. "Essa fase foi importante, porque pude manter um contato mais humano com as pessoas, sem aquela confusão característica do corpo-a-corpo eleitoral", disse. Segundo Serra, sua estratégia de campanha será discutir os problemas locais. "Não quero federalizar o debate", disse. Mantendo a linha, se recusou a responder às críticas do ministro José Dirceu (Casa Civil) contra o governo Fernando Henrique Cardoso, feitas na tarde daquele mesmo dia, em São Caetano do Sul. "Sobre isso fala com o Walter", disse, referindo-se ao deputado federal Walter Feldman, coordenador de mobilização da campanha tucana. Até em função da legislação eleitoral, que proíbe a presença de cabos eleitorais, carros de som e a distribuição de santinhos no período pré-eleitoral, as aparições de Serra em atos de rua foram discretas, quase sempre sem avisar a imprensa -uma vontade dele. "Assim posso conversar de forma mais tranqüila com as pessoas." Serra chegou ao Clube do Juventus acompanhado apenas de Feldman e de sua secretária particular, Ieda Areas. Na festa junina, tirou fotos, comeu pastel, tomou café, beijou crianças e até distribuiu autógrafos. Abordado por jovens, falou de futebol e ouviu reclamações- a maioria, sobre saúde e desemprego. Baile O tucano ainda foi a um baile da terceira idade, que ocorria em um dos salões do Juventus. No baile, promovido pelo grupo "Cia. Velho é a Mãe", ele foi convidado à subir ao palco, disse que estava ali, não para falar de política, mas só para "mandar um abraço". Serra se recusou a dançar. "Tem fotógrafo aí. Não vai ficar bom". No fim, lembrou que os músicos eram do Colégio Firmino Proença, na Mooca, onde estudou. Texto Anterior: Maluf gasta R$ 147 no Mercadão, usa quimono japonês e ataca PSDB Próximo Texto: Campo minado: Política econômica agora é o alvo, diz MST Índice |
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