São Paulo, domingo, 5 de julho de 1998

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Acerto não vale, afirma Palocci

da enviada especial a Ribeirão Preto

O ex-prefeito Antônio Palocci diz que os acordos de acionista que assinou perderam a validade, pois o Tribunal de Contas do Estado recusou-se a analisá-los, alegando fato consumado.
"Como o TCE não deu parecer favorável nem contrário, os acordos não têm validade. São acordos mortos. Não foram registrados na Junta Comercial, nem aprovados pela Câmara Municipal", afirma.
Segundo ele, o atual prefeito de Ribeirão, Luiz Roberto Jábali (PSDB), e o superintendente da Ceterp, Ruy Salgado, é que estariam validando os dois acordos ao torná-los públicos. "Eles é que estão criando uma situação negativa para a empresa", reage.
Palocci nega que tenha vendido as ações da Ceterp aos fundos de pensão por preço baixo. Diz que o banco Fator, que o assessorou na venda das ações, propôs um intervalo de preço entre R$ 10 e R$ 13,00 por lote de mil ações.
Segundo ele, o preço obtido, R$ 10,10 o lote, correspondia a 55% do valor patrimonial da ação. "As ações da Telemig e da Telepar estavam sendo negociadas com deságio semelhante nas Bolsas."
Ele nega também que tenha havido "açodamento" na venda das ações, como afirma o relatório de de CPI da Câmara Municipal. Diz que o presidente da CPI, Leopoldo Paulino (PSB), é seu "opositor contumaz".
O ex-prefeito diz que, quando assumiu a prefeitura, em 93, a Ceterp faturava R$ 39 milhões por ano e tinha 100 mil assinantes e que, ao deixar a prefeitura, a empresa faturava R$ 160 milhões e tinha 200 mil assinantes.



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