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Reféns dizem que foram
bem tratados
DA AGÊNCIA FOLHA EM NOVO PROGRESSO (PA)
As imagens dos reféns
amarrados com cipós e cordas, divulgadas durante o
noticiário sobre os 16 turistas mantidos em cativeiro
pelos caiapós, não correspondem à realidade. A
Agência Folha conversou
com vários reféns que disseram que não ficavam amarrados. "Foram momentos
difíceis e tensos, mas não fomos maltratados nem permanecemos amarrados",
disse o Luiz Alberto Landi.
Um dos reféns foi agredido
fisicamente pelos caiapós. O
morador de Novo Progresso
Edisel Cristino da Silva, 32,
levou três tapas na nuca.
"Eles achavam que eu tinha
levado os paulistas para lá
para tirar madeira."
O motorista Vilmar Barbosa Campos, 55, que estava
sozinho no acampamento
quando os índios cercaram o
local, disse que foi bem tratado. "Eles só queriam saber
onde estava o chefe."
A comida acabou sendo
repartida entre reféns e sequestradores. Nos oito dias
de cativeiro, os caiapós pescaram durante dois dias. A
comida enviada pela Polícia
Federal e pela Funai também
foi dividida entre todos.
O aposentado Frederico
Landi Filho, 70, diabético,
disse que não faltou remédio, apesar de eles terem ficado no local cinco dias a
mais do que o planejado.
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