São Paulo, sábado, 05 de agosto de 2000


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Reféns dizem que foram bem tratados

DA AGÊNCIA FOLHA EM NOVO PROGRESSO (PA)

As imagens dos reféns amarrados com cipós e cordas, divulgadas durante o noticiário sobre os 16 turistas mantidos em cativeiro pelos caiapós, não correspondem à realidade. A Agência Folha conversou com vários reféns que disseram que não ficavam amarrados. "Foram momentos difíceis e tensos, mas não fomos maltratados nem permanecemos amarrados", disse o Luiz Alberto Landi.
Um dos reféns foi agredido fisicamente pelos caiapós. O morador de Novo Progresso Edisel Cristino da Silva, 32, levou três tapas na nuca. "Eles achavam que eu tinha levado os paulistas para lá para tirar madeira."
O motorista Vilmar Barbosa Campos, 55, que estava sozinho no acampamento quando os índios cercaram o local, disse que foi bem tratado. "Eles só queriam saber onde estava o chefe."
A comida acabou sendo repartida entre reféns e sequestradores. Nos oito dias de cativeiro, os caiapós pescaram durante dois dias. A comida enviada pela Polícia Federal e pela Funai também foi dividida entre todos.
O aposentado Frederico Landi Filho, 70, diabético, disse que não faltou remédio, apesar de eles terem ficado no local cinco dias a mais do que o planejado.


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