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Funai diz não ter dinheiro para
demarcação de reserva caiapó
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O vice-presidente da Funai, Dinarte Nobre de Madeiro, afirmou
ontem que a entidade não dispõe
de todos os recursos necessários
para a demarcação da reserva
Baú, dos índios caiapós, no sul do
Pará. A Funai estima que serão
necessários cerca de R$ 200 mil.
Segundo Madeiro, a Funai só
dispõe de parte dessa verba
-cerca de R$ 70 mil. O restante
do dinheiro terá de ser captado
pelo Ministério da Justiça nos ministérios da área econômica.
Anteontem, o ministro da Justiça, José Gregori, considerou
"prioridade" a demarcação da
área, depois de os índios manterem um grupo de pescadores que
estava na reserva como reféns
desde a semana passada. O grupo
foi libertado na manhã de ontem.
Apesar do caráter emergencial,
além da falta de recursos, a Funai
terá de enfrentar todo um processo burocrático para cumprir a determinação de Gregori. Somente
em cerca de 15 dias será iniciado o
processo de licitação para a contratação de empresa que fará a demarcação da terra.
Depois de o edital de licitação
estar concluído, a Funai estima
que demorará entre 30 e 40 dias
para selecionar a empresa que fará a demarcação. Daí, não há ainda prazo para que seja feita a delimitação da área. Gregori também
revogou a portaria de 88 que havia redelimitado a área da reserva.
Segundo o despacho, volta a valer
a portaria de 91 que estabelece
uma área maior para a reserva.
Segundo a Funai, a área indígena em seu tamanho original tem
cerca de 1,850 milhão de hectares,
o que corresponde a aproximadamente 750 km de perímetro.
O governo também entrará com
recurso para tentar derrubar decisão do STJ (Superior Tribunal de
Justiça), que não teria reconhecido a área que segue pela margem
esquerda do rio Curuá como parte da reserva indígena.
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