São Paulo, quinta-feira, 05 de agosto de 2004 |
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Diretor do Banco do Brasil deve cair, mas não já
DA COLUNISTA DA FOLHA A cúpula do governo decidiu demitir o diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, mas não quer fazê-lo agora para não dar "carne aos leões". O Planalto teme que a oposição diga, e a opinião pública aceite, que o governo estaria demitindo Pizzolato admitindo a culpa para salvar as posições dos presidentes do próprio BB, Cássio Casseb, e do BC, Henrique Meirelles. Na avaliação do Planalto, Pizzolato foi o principal responsável pela decisão do BB de comprar R$ 70 mil em ingressos de um show cuja renda reverteria para o PT. Casseb não teria nenhuma culpa. A trajetória de Pizzolato reforça a acusação de que ele estaria usando o BB para favorecer petistas. Ele começou a carreira como funcionário do BB, foi presidente do Sindicato dos Bancários de Toledo (PR) e depois presidente da CUT no Paraná. Elegeu-se em 1992 representante dos funcionários do BB junto à direção da instituição (tinha assento no Conselho de Administração). Dali, Pizzolato foi para a Previ. Depois, trabalhou com Delúbio Soares, tesoureiro da campanha de Lula. Após a vitória do PT, o governo nomeou Casseb para a presidência do BB, mas quem escolheu a dedo os diretores do banco foi a Casa Civil. (ELIANE CANTANHÊDE) Texto Anterior: Na mira: Senado aprova convite a Meirelles e Casseb Próximo Texto: Caso BB está encerrado, diz Comissão de Ética Índice |
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