|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Assessor de petista nega ter ajudado a máfia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Citado como elo petista na liberação de emendas para máfia
dos sanguessugas, Francisco
Rocha da Silva, chefe-de-gabinete do deputado federal e presidente do PT, Ricardo Berzoini, negou ontem envolvimento
na máfia e acusou Luiz Antônio
Vedoin, dono da Planam, de
tentar intimidar e enlamear
personalidades do PT.
Em depoimento anteontem à
CPI dos Sanguessugas, Vedoin
teria dito que Rocha -conhecido como Rochinha-, que foi
assessor especial do ministro
da Saúde na gestão de Humberto Costa, agia sob influência do
dirigente petista José Airton
Cirilo para liberar emendas para o esquema. Cirilo nega as
acusações de Vedoin.
Para Rochinha, a citação de
seu nome teria sido indireta,
em citações mais fortes envolvendo Cirilo, de quem se disse
"companheiro" e "amigo", mas
sem relação próxima.
"Eles estão enganados a meu
respeito", afirmou o chefe-de-gabinete de Berzoini.
O presidente do PT disse ontem "não há preocupação com
isso porque não há qualquer
dúvida em relação a sua atuação," disse. Berzoini confirmou
ainda a permanência do funcionário na equipe.
Ontem, Vedoin voltou a depor à CPI dos Sanguessugas.
Segundo relato de parlamentares, ele disse terem sido distorcidas pela imprensa suas referências sobre Rochinha. Segundo os parlamentares, Vedoin
afirma não ter dito que Rocha
tinha participação no esquema,
mas que "todo mundo" em Brasília sabia que a liberação de
verbas para emendas da Saúde
pela Casa Civil passava por ele.
Ney Suassuna
Outro ex-assessor acusado
de envolvimento na máfia,
Marcelo Cardoso Carvalho,
que trabalhava para o senador
Ney Suassuna (PMDB-PB), foi
ontem à CPI participar de uma
acareação com o empresário
Luiz Antonio Vedoin.
O deputado Carlos Sampaio
(PSDB-SP), sub-relator da CPI,
concluiu que "não há lógica"
nos argumentos Carvalho para
justificar o recebimento de R$
29 mil do esquema da máfia das
ambulâncias.
"A fala do senhor Luiz Antonio tem muito mais consistência do que a do sr. Marcelo",
disse Carlos Sampaio.
O empresário reafirmou que
pagou R$ 225 mil a Marcelo como comissão por ter feito com
que Suassuna obtivesse a aprovação de emendas para comprar ambulâncias.
Há provas de que Marcelo recebeu R$ 29 mil, segundo a
CPI. Segundo ele, o dinheiro é
referente ao pagamento de um
barco, que ele teria vendido a
uma pessoa indicada por Darci
Vedoin, pai de Luiz Antonio.
Texto Anterior: CPI deve pedir cassação de 50 parlamentares e inocentar 15 Próximo Texto: Funcionário acha R$ 2.800 entre livros de gabinete de deputado Índice
|