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OUTRO LADO
Entidades dizem não haver conflito ético em patrocínios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil informou, por meio de sua assessoria, em Brasília, não ver
"conflito ético" no patrocínio que tem pago a associações de juízes, de policiais federais e de integrantes do
Ministério Público.
"No entendimento do BB,
não há conflito ético, uma
vez que o apoio não tem, evidentemente, vínculos com a
atuação técnica dos magistrados e procuradores em
procedimentos específicos.
Portanto, não implica, nem
muito menos visa, intervenção nas atuações individuais
da magistratura e do Ministério Público nem tampouco
interfere na independência
do Judiciário", afirmou o
banco, em nota.
Segundo o BB, os patrocínios de eventos estão relacionados a uma estratégia de
marketing da instituição.
O TST (Tribunal Superior
do Trabalho) informou ter
feito uma consulta prévia ao
TCU (Tribunal de Contas da
União) antes de aceitar um
patrocínio do Banco do Brasil para um congresso de direitos humanos.
O TCU não teria feito restrições ao projeto.
"As parcerias entre instituições públicas têm se mostrado produtivas e resultam
em um melhor atendimento
ao cidadão. O objetivo maior
de toda a instituição pública,
seja ela do Judiciário, do
Executivo ou do Legislativo,
é o de melhorar a prestação
de serviços à população. Este
é o papel do Estado e das instituições que o compõem",
diz a nota do TST.
Sobre o patrocínio que recebeu, a AMB também negou problemas éticos. "A
Associação dos Magistrados
Brasileiros não exerce qualquer tipo de influência, por
mais remota, junto aos seus
associados no que tange às
decisões judiciais, haja vista
o expressivo número de sentenças contrárias aos bancos
em todo o Brasil", diz a nota
assinada pelo presidente da
entidade, Rodrigo Colasso.
O presidente da ANPR
(Associação Nacional dos
Procuradores da República),
Nicolao Dino, disse que a escolha de instituição de economia mista como o Banco
do Brasil para o patrocínio
de eventos realizados pela
entidade está associada a
uma opção ética. "O apoio
de empresas ligadas ao setor
público serve para garantir a
lisura da origem dos recursos, porque elas são auditadas pelo TCU [Tribunal de
Contas da União]", disse Dino.
(RV)
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