São Paulo, segunda-feira, 05 de setembro de 2005

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OUTRO LADO

Entidades dizem não haver conflito ético em patrocínios

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil informou, por meio de sua assessoria, em Brasília, não ver "conflito ético" no patrocínio que tem pago a associações de juízes, de policiais federais e de integrantes do Ministério Público.
"No entendimento do BB, não há conflito ético, uma vez que o apoio não tem, evidentemente, vínculos com a atuação técnica dos magistrados e procuradores em procedimentos específicos. Portanto, não implica, nem muito menos visa, intervenção nas atuações individuais da magistratura e do Ministério Público nem tampouco interfere na independência do Judiciário", afirmou o banco, em nota.
Segundo o BB, os patrocínios de eventos estão relacionados a uma estratégia de marketing da instituição.
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) informou ter feito uma consulta prévia ao TCU (Tribunal de Contas da União) antes de aceitar um patrocínio do Banco do Brasil para um congresso de direitos humanos.
O TCU não teria feito restrições ao projeto.
"As parcerias entre instituições públicas têm se mostrado produtivas e resultam em um melhor atendimento ao cidadão. O objetivo maior de toda a instituição pública, seja ela do Judiciário, do Executivo ou do Legislativo, é o de melhorar a prestação de serviços à população. Este é o papel do Estado e das instituições que o compõem", diz a nota do TST.
Sobre o patrocínio que recebeu, a AMB também negou problemas éticos. "A Associação dos Magistrados Brasileiros não exerce qualquer tipo de influência, por mais remota, junto aos seus associados no que tange às decisões judiciais, haja vista o expressivo número de sentenças contrárias aos bancos em todo o Brasil", diz a nota assinada pelo presidente da entidade, Rodrigo Colasso.
O presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), Nicolao Dino, disse que a escolha de instituição de economia mista como o Banco do Brasil para o patrocínio de eventos realizados pela entidade está associada a uma opção ética. "O apoio de empresas ligadas ao setor público serve para garantir a lisura da origem dos recursos, porque elas são auditadas pelo TCU [Tribunal de Contas da União]", disse Dino. (RV)


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