|
Texto Anterior | Índice
Investigação deixa mandantes em segundo plano
da Sucursal do Rio
As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre o grampo do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) serão
desdobradas em duas etapas.
A Folha apurou que somente
em um segundo momento os participantes da investigação tentarão chegar aos mandantes.
Para o grupo de procuradores
do MPF que acompanha os trabalhos, o objetivo tanto do delegado
federal Rubens Grandini, que
preside o inquérito, quanto deles
próprios é concluir as investigações sobre a autoria do grampo "o
mais breve possível".
Na avaliação do MPF, para que
as investigações atuais avançassem a ponto de chegar aos mandantes, seria fundamental a colaboração de Temílson Resende, o
Telmo, agente da SSI (Subsecretaria de Inteligência) no Rio e considerado o principal suspeito. No
sábado, em entrevista, Telmo reafirmou sua inocência no caso.
Entre os nomes que deverão ser
ouvidos em uma segunda etapa,
está o do general Alberto Cardoso, ministro-chefe do recém-criado Gabinete da Segurança Institucional (antigo Gabinete Militar).
"O general continua tendo status
de ministro e, por isso, tem prerrogativas. Só presta declarações
quando achar conveniente", disse
o procurador.
O depoimento de Cardoso poderia esclarecer, por exemplo,
contradições entre as declarações
prestadas pelo ex-coordenador
da SSI no Rio, João Guilherme de
Almeida, e as suas.
Cardoso disse à PF que, em
agosto de 98, teria recebido de Almeida a informação de que haveria boatos sobre fitas que comprometeriam autoridades do governo, inclusive o presidente
FHC. Cardoso diz também ter sido informado por Almeida de
que as fitas revelariam detalhes
sobre o processo de privatização.
Em depoimento à polícia, Almeida negou ter mencionado algo sobre FHC ou privatização.
Texto Anterior: Grampo no BNDES: Principal testemunha do caso está desaparecida Índice
|