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CLIMA DE TENSÃO
Além de reforço policial, detectores de metal e raios X serão instalados
PF dobra esquema de segurança
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por exigência de autoridades
dos Estados Unidos, a Polícia
Federal dobrou o número de
agentes no esquema de segurança para a visita do secretário
de Estado norte-americano, Colin Powell, hoje em Brasília. Em
termos de segurança e conforto,
Powell terá em sua primeira visita ao país tratamento igual ou
melhor do que muitos chefes de
Estado.
Além do reforço policial, Powell contará com seu próprio
pessoal armado. Foram fechados todos os 81 quartos do último andar de um dos mais luxuosos hotéis da cidade.
O esquema vem sendo organizado há cerca de um mês por
policiais federais, americanos e
representantes do cerimonial
do Itamaraty e do Planalto.
A principal exigência dos
americanos foi o uso de um carro precursor, composto por policiais dos dois países, que fará
uma varredura avançada para
detectar eventuais problemas.
Por enquanto, o único inconveniente que teria de ser evitado é
uma manifestação estudantil
contra a Guerra do Iraque.
Também foi solicitada a instalação de detectores de metal e
aparelhos de raio-x nos locais
que não estavam equipados.
Apesar da pequena distância
entre o hotel, o Itamaraty e o Palácio do Planalto, foram traçadas três alternativas de itinerário. O carro precursor, sem
identificação, avisará, no momento do traslado, por qual caminho o comboio deve seguir.
Por motivo de segurança, não
foi divulgado o número exato de
policiais na operação.
"Dobramos o efetivo de praxe
em número de policiais [envolvidos na segurança] e organizamos o esquema com a colaboração de policiais americanos",
disse o chefe do Núcleo de Segurança de Dignitários da PF, João
Tonello Júnior.
Os agentes dos EUA receberam portes provisórios para armas de uso pessoal. Os calibres,
quantidade de munição e dados
sobre os artefatos foram enviados para a PF com antecedência.
Com preço de tabela de R$
8.000 por dia, a suíte presidencial do Hotel Blue Tree Alvorada, reservada para Powell é tradicionalmente usada por reis,
rainhas, presidentes e primeiros-ministros em Brasília.
(IURI DANTAS E LEILA SUWWAN)
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