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TERCEIRO TURNO
Candidaturas de eleitos em MS, CE, PA, AL, DF, GO e MA sofrem pedido de cassação por irregularidades
Sete eleições de governador são questionadas na Justiça
DA AGÊNCIA FOLHA
Em pelo menos sete casos, as
eleições para governador podem
passar por um "terceiro turno" na
Justiça Eleitoral: os eleitos tiveram
a cassação de suas candidaturas
pedida pelo Ministério Público ou
por adversários derrotados.
As vitórias de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT,
em Mato Grosso do Sul, e de Lúcio Alcântara (PSDB), no Ceará,
são contestadas por Marisa Serrano (PSDB) e José Airton Cirilo
(PT), com quem disputaram, respectivamente, o segundo turno.
Simão Jatene (PSDB-PA), Ronaldo Lessa (PSB-AL), Joaquim
Roriz (PMDB-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e José Reinaldo
Tavares (PFL-MA) respondem a
ações da Procuradoria Eleitoral
por uso da máquina pública ou
abuso do poder econômico.
Mesmo que tomem posse antes
do julgamento das ações, esses
governadores podem ser impugnados no decorrer do mandato.
Foi o que ocorreu no ano passado
com o então governador do Piauí,
Francisco de Assis de Moraes
Souza (PMDB), o Mão Santa.
Em Mato Grosso do Sul, a coligação derrotada protocolou 28
pedidos de cassação da candidatura de Zeca do PT por uso da máquina. Ele nega as acusações.
O PT do Ceará entrou ontem
com ação pedindo a anulação dos
votos de 32 urnas. O petista José
Airton Cirilo perdeu a eleição no
Estado para o tucano Lúcio Alcântara por 3.047 votos. Na ação,
o PT diz que o relatório de votação nesses locais está incompleto,
sem a justificativa para a troca de
urnas nas sessões e sem a relação
dos votos manuais. Para o PSDB,
a ação é "inconsistente".
No Pará, Simão Jatene é acusado de usar aviões do Estado e funcionários públicos em sua campanha. Jatene negou as acusações.
Em Alagoas, a Procuradoria
sustenta que Ronaldo Lessa aumentou de forma irregular os gastos com publicidade do governo
em ano de eleição. Ele contesta o
critério utilizado no cálculo.
A Procuradoria de Goiás acusou Marconi Perillo de "uso indevido de comunicação social". O
governador teria recebido "tratamento privilegiado" de jornais locais. O coordenador jurídico da
campanha de Perillo, Clarismar
Fernandes dos Santos, nega.
O governador reeleito do Maranhão, José Reinaldo Tavares, responde por abuso de poder: ele
usou o símbolo da propaganda
institucional na campanha e lançou um programa com medidas
assistencialistas. Tavares negou as
acusações.
(ADRIANA CHAVES, FABIANO MAISONNAVE, KAMILA FERNANDES, KÁTIA BRASIL E MAURO ALBANO)
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