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DISCURSO
Presidente recomenda a BID que faça estudo sobre eixos de desenvolvimento na região
FHC sugere "Avança Brasil" para a AL
WILLIAM FRANÇA
enviado especial a Petrópolis (RJ)
O presidente Fernando Henrique Cardoso sugeriu ontem que o
BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento) faça um estudo dos eixos de desenvolvimento
da América Latina e do Caribe aos
moldes do "Avança, Brasil", o
plano plurianual que envolve a
aplicação de R$ 1 trilhão pelo governo federal em investimentos e
custeio nos próximos quatro
anos.
"Desafios novos não podem ser
enfrentados com fórmulas antigas. Tratemos de encontrar soluções mais eficazes para o problema secular das disparidades regionais. Tenho em mente algo na
linha do estudo dos eixos de desenvolvimento que já efetuamos
no âmbito do nosso "Avança, Brasil"", afirmou FHC.
Segundo o presidente, "o BID é
um parceiro fundamental" para
liderar e financiar um estudo como esse.
Eixos de integração
O estudo dos eixos de integração regional que serviu de base
para a elaboração do "Avança,
Brasil" foi elaborado por um consórcio internacional de empresas
de consultoria contratado pelo
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Esse consórcio apresentou uma
espécie de radiografia do país e fez
a projeção das oportunidades de
investimentos entre 2000 e 2007.
O estudo foi feito durante 33 meses, ao custo de R$ R$ 13 milhões.
O presidente esteve durante
dois dias em Petrópolis participando das comemorações dos 40
anos do BID.
A proposta de ampliar o "Avança, Brasil" para toda a América
Latina foi feita no discurso de encerramento das atividades, no início da tarde de ontem.
Redesenho
"Não podemos hoje imaginar o
crescimento econômico sustentado sem a perspectiva de fortalecimento dos diversos esquemas
que deram realidade à palavra integração", afirmou FHC, citando
o Mercosul como exemplo.
"Na América do Sul redesenhamos a geografia econômica e estamos criando novos eixos de desenvolvimento, como a ligação
por rodovias e a interconexão elétrica e de petróleo."
O presidente afirmou ainda que
"o Brasil fez ouvir a sua voz" na
semana passada, durante a 3ª
Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio, em
Seattle (EUA).
"O Brasil deixou claro que o sistema multilateral de comércio
precisa escolher entre duas alternativas: um regime de discriminação que protege os ricos e penaliza os pobres ou um caminho de
construção de regras efetivamente universais que permitam também aos países menos desenvolvidos o acesso a mercados em
condições justas", afirmou o presidente Fernando Henrique.
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