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Governadores do PT pedem verbas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os governadores Zeca do PT (MS) e Benedita da Silva (RJ) reuniram-se ontem com o coordenador da equipe de transição, Antônio Palocci Filho, em uma nova
tentativa de conseguir mais recursos para seus Estados.
Benedita ainda não pagou a primeira parcela do 13º salário do
funcionalismo (cerca de R$ 400
milhões), vencida em julho. Zeca
do PT teve que fazer uma operação bancária em nome dos servidores para pagar os salários de
novembro e dezembro e o 13º.
À semelhança de Minas Gerais,
o Mato Grosso do Sul também diz
ter créditos a receber do governo
por conta de investimentos dos
Estados em rodovias federais.
O governador Itamar Franco
(sem partido), que abriu a discussão -e por conta dela abriu sua
primeira crise com o PT- quer
R$ 1,2 bilhão.
Zeca do PT pretende receber R$
300 milhões (valores de 2000)
-R$ 460 milhões, segundo pedido apresentado ao Ministério da
Fazenda. Segundo o governador
do Mato Grosso do Sul, não é necessário editar uma medida provisória para viabilizar o pagamento dos créditos aos Estados.
"Não há necessidade. Se existe o
crédito, está documentado e reconhecido, é uma dívida líquida e
certa, um direito", declarou o governador.
Zeca do PT disse que não pretende negociar uma redução no
valor a ser pago, uma saída que
vem sendo estudada pelos técnicos da Fazenda a fim de viabilizar
o pagamento a todos os Estados,
numa conta que poderia chegar a
R$ 9,9 bilhões.
O caso de Benedita da Silva é diferente. O Rio de Janeiro não fez
investimentos em estradas federais, mas, segundo a governadora,
bancou o pagamento de policiais
e do Corpo de Bombeiros.
Segundo Benedita, os valores,
"apesar de mínimos, ajudariam"
a pagar o 13º do funcionalismo
fluminense.
A alternativa, diante da escassez
de recursos, é priorizar o pagamento dos servidores que recebem até R$ 950 mensais.
"Todo o entendimento a fazer com o ministro da Fazenda [Pedro Malan] já fizemos. Agora é aguardar a resposta do governo
federal", afirmou Benedita, que
esteve ontem com Palocci para
pedir seu apoio e empenho nas
tratativas com o atual governo.
O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), também esteve
ontem no prédio do Banco do
Brasil, em Brasília, no qual está
instalada a equipe de transição.
Sudene
Em conversa com o presidente
do PT, deputado José Dirceu (SP),
Lessa reafirmou a importância de
revitalizar a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste), que foi extinta no ano
passado e depois substituída pela
Adene (Agência de Desenvolvimento do Nordeste).
Retomando uma afirmação do
presidente eleito, Luiz Inácio Lula
da Silva, Lessa disse que uma nova Sudene seria fundamental dentro do projeto nacional de redução das desigualdades do país na
medida em que fomentaria o desenvolvimento da região Nordeste do país. (ANDRÉA MICHAEL)
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