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SÃO PAULO
Alckmin antecipa em 70 dias desincompatibilização de candidatos
Secretários deixarão cargo dia 22
RONALD FREITAS
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), marcou
para o dia 22 de janeiro a saída de
sete secretários que vão disputar
as eleições de outubro. A minirreforma antecipa em 70 dias a desincompatibilização dos secretários candidatos, que poderiam
permanecer no cargo até a primeira semana de abril.
Além de Antônio Carlos Mendes Thame (Recursos Hídricos),
Marcos Mendonça (Cultura),
João Caramez (Casa Civil) e Ricardo Trípoli (Meio Ambiente),
candidatos à reeleição, Walter Barelli (Emprego e Relações do Trabalho), André Franco Montoro
Filho (Planejamento) e Marco Vinicio Petrelluzzi (Segurança Pública) são candidatos a deputado.
Apesar dos sinais da cúpula do
PSDB de que Alckmin é o candidato tucano ao governo, ele reluta
em confirmar seu projeto de reeleição. "É uma decisão de partido", disse. Em pleno ano eleitoral,
Alckmin anunciou a possibilidade de o Estado contrair empréstimos de mais R$ 1,5 bilhão em
2002 por causa da melhora na relação entre o estoque da dívida e o
saldo de caixa do governo.
Esse estoque, que era duas vezes
maior do que o saldo no final de
2000, agora é 1,94 vez maior. "O
fato de 2002 ser ano eleitoral não
implica qualquer mudança na política de austeridade", disse. O governador também anunciou déficit público zero em 2001 e um superávit primário preliminar 43%
maior do que o de 2000, "um saldo de cerca de R$ 3 bilhões".
Dados preliminares apresentados pelo secretário da Fazenda,
Fernando Dall'Acqua, mostram
que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário cumpriram os
limites estabelecidos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal para gasto com pessoal. No Executivo, a
despesa ficou em 48,3% da receita
corrente líquida. A LRF estabelecia um limite de 50,7% para 2001.
Apesar do superávit anunciado,
o governador comemorou os números que indicaram o aumento
de 24% no volume de recursos investidos pelo Estado em 2001 em
relação a 2000.
Alckmin disse que vai aguardar
a decisão final do STF (Supremo
Tribunal Federal), cujo presidente, Marco Aurélio Mello, reduziu
liminarmente na sexta-feira em
80% os pagamentos mensais da
dívida do governo do Rio de Janeiro com a União. "Se a redução
for confirmada pelo pleno, não
será nem preciso entrar com
ação", disse, sugerindo a extensão
do benefício a todos os Estados.
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