São Paulo, domingo, 06 de janeiro de 2002

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SÃO PAULO

Alckmin antecipa em 70 dias desincompatibilização de candidatos

Secretários deixarão cargo dia 22

RONALD FREITAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), marcou para o dia 22 de janeiro a saída de sete secretários que vão disputar as eleições de outubro. A minirreforma antecipa em 70 dias a desincompatibilização dos secretários candidatos, que poderiam permanecer no cargo até a primeira semana de abril.
Além de Antônio Carlos Mendes Thame (Recursos Hídricos), Marcos Mendonça (Cultura), João Caramez (Casa Civil) e Ricardo Trípoli (Meio Ambiente), candidatos à reeleição, Walter Barelli (Emprego e Relações do Trabalho), André Franco Montoro Filho (Planejamento) e Marco Vinicio Petrelluzzi (Segurança Pública) são candidatos a deputado.
Apesar dos sinais da cúpula do PSDB de que Alckmin é o candidato tucano ao governo, ele reluta em confirmar seu projeto de reeleição. "É uma decisão de partido", disse. Em pleno ano eleitoral, Alckmin anunciou a possibilidade de o Estado contrair empréstimos de mais R$ 1,5 bilhão em 2002 por causa da melhora na relação entre o estoque da dívida e o saldo de caixa do governo.
Esse estoque, que era duas vezes maior do que o saldo no final de 2000, agora é 1,94 vez maior. "O fato de 2002 ser ano eleitoral não implica qualquer mudança na política de austeridade", disse. O governador também anunciou déficit público zero em 2001 e um superávit primário preliminar 43% maior do que o de 2000, "um saldo de cerca de R$ 3 bilhões".
Dados preliminares apresentados pelo secretário da Fazenda, Fernando Dall'Acqua, mostram que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário cumpriram os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal para gasto com pessoal. No Executivo, a despesa ficou em 48,3% da receita corrente líquida. A LRF estabelecia um limite de 50,7% para 2001.
Apesar do superávit anunciado, o governador comemorou os números que indicaram o aumento de 24% no volume de recursos investidos pelo Estado em 2001 em relação a 2000.
Alckmin disse que vai aguardar a decisão final do STF (Supremo Tribunal Federal), cujo presidente, Marco Aurélio Mello, reduziu liminarmente na sexta-feira em 80% os pagamentos mensais da dívida do governo do Rio de Janeiro com a União. "Se a redução for confirmada pelo pleno, não será nem preciso entrar com ação", disse, sugerindo a extensão do benefício a todos os Estados.


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