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ANO DE CAMPANHA
Alckmin abre gabinete em ritmo de eleição
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem ser candidato, mas protagonista da principal disputa
eleitoral deste ano -pela Prefeitura de São Paulo-, o governador Geraldo Alckmin
(PSDB-SP) estreou ontem oficialmente o novo escritório do
governo do Estado na rua Boa
Vista, no centro da capital paulista, em clima de campanha.
No prédio, Alckmin recebeu
a visita do ex-jogador Dadá
Maravilha. Depois, passeou
pelas ruas do centro, distribuiu
cumprimentos e gorjetas
-uma delas de R$ 10-, engraxou os sapatos e almoçou filé de frango com arroz à grega.
Figura decisiva para a empreitada do PSDB paulista contra a reeleição da prefeita Marta Suplicy (PT-SP) -desde o
ano passado que as duas administrações trocam farpas e
comparações- o governador
afirmou ser contrário à "antecipação da campanha" e disse
que o fato de o PSDB não ter
ainda um candidato definido
"mostra que o partido tem lideranças e várias opções".
Entre elas estão seus secretários Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança Pública) e Gabriel Chalita (Educação), além
do deputado federal Walter
Feldman (PSDB-SP), da deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP) e
do ex-presidente do partido
José Aníbal.
A influência de Alckmin no
processo eleitoral pode ser lida
ainda nos números do Datafolha divulgados ontem -ele é o
segundo governador mais bem
avaliado, com 65% dos paulistas afirmando que seu governo
é ótimo ou bom. "É um estímulo. A população de São Paulo é muito exigente", afirmou.
Ao dizer que a compra de sete prédios no centro da cidade
contribui para "recuperar" a
região, Alckmin, que passará a
trabalhar lá uma vez por semana, tenta ganhar espaço num
terreno que promete votos em
2004 -a "revitalização" do
centro, também visada pela
prefeita Marta.
Segundo o governador, a
transferência de três secretarias e empresas do Estado para
os novos edifícios -ao custo
de R$ 300 mil mensais- permitirá uma economia de R$
700 mil para os cofres públicos
-advinda do fim dos gastos
com aluguel de salas.
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