FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, apontado como um dos mentores da suposta quadrilha que vendia sentenças, será interrogado amanhã à tarde no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com sede em São Paulo.
Rocha Mattos será o primeiro réu da Operação Anaconda a ser ouvido pela desembargadora relatora Therezinha Cazerta no processo por formação de quadrilha.
Na quinta-feira, serão interrogados o juiz federal Casem Mazloum e o advogado Affonso Passarelli Filho. No dia 12 será a vez do juiz Ali Mazloum e do empresário Vagner Rocha.
Norma Regina Cunha, ex-mulher de Rocha Mattos, que se encontra presa na PF em Brasília, será ouvida no dia 13. Ela deverá retornar a Brasília depois do interrogatório, pois ainda não foi apreciado o pedido da defesa para transferi-la para São Paulo.
O agente da Polícia Federal César Herman Rodriguez e o advogado Carlos Alberto da Costa Silva serão interrogados no dia 14. No dia 15, serão interrogados o delegado da PF aposentado Jorge Luiz Bezerra da Silva e o empresário Sérgio Chiamarelli Júnior.
Os interrogatórios dessa primeira fase serão encerrados no dia 19 com os delegados da Polícia Federal José Augusto Bellini e o corregedor Dirceu Bertin.
A procuradora da República Janice Ascari protocolou ontem no TRF ofício concordando que Rocha Mattos seja ouvido em procedimento separado sobre denúncias que deseja fazer de fatos alheios à Operação Anaconda.

Polícia Civil
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem não temer danos à imagem da Polícia Civil de São Paulo em virtude das investigações da Operação Anaconda. "Se tiver alguma denúncia, vamos investigar imediatamente", disse. Alckmin cobrou que eventuais denúncias contra policiais sejam entregues à corregedoria da polícia paulista.


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