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Empresário não
foi "convincente",
dizem promotores
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seu primeiro interrogatório ontem à Justiça, o
empresário Sérgio Gomes da
Silva se recusou a responder
perguntas sobre o suposto
esquema de corrupção na
Prefeitura de Santo André e
apresentou, de acordo com
os promotores, novas contradições na versão sobre o
seqüestro de Celso Daniel.
Gomes da Silva estava com
o prefeito no momento em
que Daniel foi seqüestrado,
na noite de 18 de janeiro de
2002. Eles haviam jantado
juntos em São Paulo e voltavam para Santo André,
quando a Pajero blindada
em que estavam foi interceptada por dois carros e Daniel
foi levado pelos criminosos.
Ele foi encontrado dois dias
depois em Juquitiba (SP).
Durante o interrogatório,
de cerca de duas horas, o
empresário negou qualquer
envolvimento com a morte
do prefeito. Gomes da Silva
foi ouvido algemado, apesar
do apelo de seus advogados
para que isso não ocorresse.
Segundo os promotores, o
empresário caiu em contradição ao tentar descrever a
dinâmica do crime. Ele não
teria sido "convincente" ao
explicar o motivo de o carro
ter parado e de as portas terem destravado -detalhes
são mantidos sob sigilo.
Durante o interrogatório,
Gomes da Silva se recusou a
responder perguntas sobre
um suposto esquema de corrupção na cidade -segundo o Ministério Público, Daniel foi morto ao tentar combater um esquema de desvio
de dinheiro na prefeitura.
"Não poderíamos admitir
que o interrogatório sobre
um homicídio fosse usado
para fazer novas provas para
a investigação de corrupção.
Por isso, não permitimos
que o Sérgio [Gomes da Silva] respondesse a algumas
perguntas", afirmou o advogado Adriano Vanni.
Além do crime por homicídio, Gomes da Silva foi denunciado pelos promotores
por suposta corrupção e formação de quadrilha na Prefeitura de Santo André.
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