São Paulo, segunda-feira, 06 de março de 2000


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GOVERNO
Para procurador, houve "dispensa de licitação camuflada"
Ministério Público vai propor ação contra Greca por convênios

da Sucursal de Brasília

O Ministério Público Federal irá propor ação judicial contra o ministro Rafael Greca (Esporte e Turismo) por ter firmado convênios supostamente ilegais, no valor de R$ 6,054 milhões, com quatro entidades de direito privado.
O procurador da República Luiz Francisco Souza disse que os convênios são contratos milionários que deveriam ter sido submetidos a licitação. "Houve uma dispensa de licitação camuflada."
O convênio mais caro prevê R$ 2,3 milhões para o Instituto Memorabília (RJ), ligado à Escola Naval, construir uma réplica da nau em que Pedro Álvares Cabral viajou em 1500.
Para assessorar as comemorações dos 500 anos do Brasil e ações turísticas, foram firmados convênios com as fundações da Universidade Federal do Paraná e da Universidade Federal de Pernambuco e com o Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas.
O ministro não foi localizado ontem. Greca é autor de ação judicial contra Souza, que investiga 618 convênios com prefeituras e já processou o ministro sob a acusação de ter favorecido empresários de máquinas caça-níqueis.
O presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), disse que não sentiu "cheiro de demissão" nas declarações do presidente Fernando Henrique Cardoso à revista "Época" sobre o ministro Greca, que é do PFL.
FHC disse que errou por não ter permitido que Greca cumprisse seu mandato de deputado federal. "O que o presidente quis dizer é que quem passa pelo Legislativo tem mais habilidade para exercer função executiva", disse ACM.



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