da Reportagem Local

O problema da Bahia é o mito da preguiça. Pelo menos é o que detecta o governo do Estado nas investidas para levar novas empresas. "Nosso maior drama ainda é mostrar que baiano trabalha. E bem", diz Benito Gama.
Preocupado com o mito, o ex-secretário da Indústria e Comércio da Bahia Jorge Khoury pediu à empresa de consultoria Ernest & Young uma pesquisa para medir o "absenteísmo" do trabalhador baiano.
"Se o resultado fosse bom, a gente mostrava. Se fosse negativo, ficaria em segredo", declara Khoury.
"Fiquei surpreso quando fomos chamados para isso. Foi o primeiro trabalho do gênero que pegamos", diz Alexandre Henrique de Araújo Souza, gerente da área de consultoria financeira da Ernest & Young.
Em seis meses de pesquisas, que incluíram questionários distribuídos para 60 empresas instaladas no Estado, os consultores montaram o relatório "Doing Business in Bahia".
Os trabalhadores baianos foram considerados "ativos", "interessados", "pontuais" e "fiéis à empresa".
O relatório hoje faz parte da estratégia baiana para atrair novas empresas para o Estado: é exibido aos empresários que colocam a lendária preguiça baiana em pauta nas discussões. (ASC)


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