FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) chamou o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, de "assaltante de bancos e de trem" e disse que ele "apoiou" a ação da Polícia Federal no escritório da Lunus, de Jorge Murad e de sua mulher, Roseana Sarney.
"Ele apoiou a violência", disse ACM, por telefone, se referindo à militância do ministro em grupos de esquerda contrários ao regime militar (64-85). "O regime militar, tão condenado, deixou vivo o Aloysio, que foi assaltante de bancos e de trem. Consequentemente não era tão violento assim", disse ACM, que renunciou ao cargo ao ser acusado de participar da quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado.
A assessoria de imprensa do ministro disse que ele não comentaria as declarações.
ACM classificou como "farsa" a determinação de Aloysio para que a Polícia Federal instaure inquérito para apurar o suposto vazamento de informações da ação no Maranhão.
"Vazou porque Serra [José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência" é capaz de tudo. Foi o grupo do Serra, desesperado porque ele não decola."

"Solidariedade"
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal divulgou nota ontem "em solidariedade" a Aloysio. A entidade diz que a postura dele foi "isenta, equilibrada, competente e patriótica" ao defender a ação da PF.



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