São Paulo, quarta-feira, 06 de março de 2002

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Sócio da Usimar no PR é investigado

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O empresário curitibano Teodoro Hubner Filho e sócios das empresas New Hubner Flexible Usinagem Ltda e New Hubner Componentes Automotores Ltda, com sede em Curitiba, estão sendo investigados por suposta queima de arquivo de documentos.
Há duas semanas, denúncia anônima feita após a prisão de Jader Barbalho levou a Polícia Federal a dar uma batida nas empresas do grupo Hubner, em Curitiba.
Teodoro Hubner é sócio-controlador da Usimar Componentes Automotivos SA. A empresa ganhou financiamento da extinta Sudam para produzir autopeças no Maranhão, em projeto que não saiu do papel.
Estimado em R$ 1,38 bilhão, foi subvencionado com R$ 44 milhões da Sudam. O financiamento foi interrompido porque a Usimar não apresentava contrapartidas confiáveis. A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), presidiu a sessão da Sudam na qual foi aprovado o projeto.

Justiça paranaense
A orientação para a investigação no Paraná partiu da juíza federal da 2ª Vara Criminal de Curitiba, Bianca Arenhart. Na sexta-feira, Arenhart despachou ao Ministério Público Federal no Paraná os documentos que podem embasar o inquérito.
Ontem, a assessoria de imprensa da Procuradoria da República ainda não tinha notícias do despacho da juíza.
A operação de busca e apreensão da PF nas empresas de Hubner foi realizada em um único dia, entre 18 e 24 de fevereiro -a data exata não foi divulgada.
As buscas se estenderam à residência de Teodoro Hubner. Nos dois locais, um volume razoável de documentos teria sido apreendido. As buscas foram garantidas por ordem da juíza Arenhart.
Ontem, a reportagem tentou vários contatos com o empresário. Uma secretária de uma das empresas, de nome Eliane, disse que Hubner estava viajando. Na única que vez que se pronunciou sobre o caso, recentemente na imprensa paranaense, ele disse apenas que a mídia "distorcia fatos".
A New Hubner Flexible Usinagem e a New Hubner Componentes Automotores e seus sócios estão sendo investigados pela Justiça Federal no Maranhão, em ação do Ministério Público Federal daquele Estado.
Em maio de 2001, a Justiça Federal do Paraná cumpriu carta precatória da 6ª Vara Cível do Maranhão, que mandava citar e intimar os paranaenses envolvidos no processo. As citações foram cumpridas e a precatória voltou ao Maranhão em setembro.
Outra empresa da família, a Fundição New Hubner, é alvo de inquérito na PF do Paraná por suspeita de sonegação fiscal. (MT)


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